Marília

Renê Fadel deixa comando da Codemar em Marília

Renê Fadel, ex-presidente da Codemar, com o prefeito Daniel Alonso – Divulgação/Prefeitura
Renê Fadel, ex-presidente da Codemar, com o prefeito Daniel Alonso – Divulgação/Prefeitura

Renê Fadel, o presidente que em oito meses resgatou certidões e credibilidade que a Codemar (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília) não tinha há muitos anos, deixou a presidência da empresa nesta quinta-feira. Foi publicada no Diário Oficial do Município portaria com a demissão de Fadel, sem indicação de substituto.

A prefeitura informou apenas que a saída de Fadel é parte de uma “reorganização do governo”, em detalhes e sem explicação para a demissão que surpreendeu lideranças políticas dentro e fora do governo.

Bacharel em direito, aposentado do Banco do Brasil, Fadel encerra um ciclo curto de atividades públicos em sua segunda passagem pelos serviços municipais. Ele já havia ocupado função de direção na Emdurb durante a gestão do ex-prefeito José Salomão Aukar (1993-1996).

Em público, a atuação de Fadel na Codemar era mais ligada ao vice-prefeito Antonio Augusto Ambrósio, o Tato, que ao prefeito Daniel Alonso.

Em 16 de agosto a companhia anunciou a obtenção de uma série de certidões que praticamente colocam a Codemar de volta ao mercado e segundo o vice-prefeito a empresa está em fase final de elaboração de um “dossiê” para mostrar as causas e efeitos da crise na companhia, que acumulou dividas tributárias, previdenciárias e descrédito nos últimos anos.

Com as certidões, a companhia pode disputar licitações contratos em cidades vizinhas e já assinou contrato para serviço ao Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília).

Fadel foi no início da gestão o centro de polêmicas entre a administração e a Câmara. A reação do dirigente às solicitações e pressões de vereadores para operações tapa-buracos em endereços indicados pelo Legislativo. A crise foi superada com mudanças no segundo escalão

A exoneração de Fadel  é a terceira alteração polêmica no primeiro escalão do governo. Antes dele, Daniel foi obrigado a trocar o secretário de Obras – Liberto Pio Marchesi, indicado para o cargo, não teria sido liberado pela CDHU, onde atua como engenheiro – e a substituir o presidente da Emdurb, Raih Nemer, que deixou o cargo em meio a críticas contra a administração.