André Francischetti Moreno, um estudante mariliense de 16 anos e aluno do ensino médio na cidade, acaba de lançar seu terceiro livro, Ancoradouro, e dá uma nova fase a uma carreira literária precoce e focada em falar sobre jovens para público de diferentes idades ler e acompanhar.
O lançamento faz sucesso. André criou uma página de contribuições coletivas para financiar parte da produção e suporte para divulgaão do livro e eventos de divulgação. Projetava recolher R$ 2.000. Um mês antes do prazo final de doações já superou esta meta (clique aqui para acompanhar a campanha ou fazer doações).
O livro é um romance em que a trama é conduzida hora pelo autor, hora pelo personagem e aproxima a narrativa da prosa e da poesia. “Dá luz às reflexões e aventuras de um jovem americano prestes a deixar a família em busca de seus sonhos. É um romance recheado de emoções”, diz o autor.
André publicou o primeiro livro em 2012, “Veridilândia, os sonhos sobrevivem?” que levou a surpresas como convites para dar palestras em escolas públicas, participar de mesas redondas, e incentivar a escrita e leitura. No mesmo ano, escreveu “Veridilândia: A serviço do Planeta Azul” que sairá apenas agora, em E-book.
André diz que apesar do comportamento diferenciado do padrão de jovens, diz que enfrenta essa fase com o maior bom humor, sai com os amigos, pratica esportes nos finais de semana, reclama de tarefas da escola.
“Acima de tudo, o importante é aproveitar o melhor de cada época. O que seria da primavera se as flores desabrochassem no inverno?”
As obras são resultado de dedicação e talento aliados a experiências tão raras quanto estas qualidades. André viveu por dois anos na Alemanha com a família e já passou temporada nos Estados Unidos. Dedica-se ao inglês, alemão, italiano, espanhol e francês. Distrai-se com a escrita, música e esportes. Escreve contos, letras de músicas e poesias. Em 2016 teve um conto premiado pela University of Missouri.
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“Desde pequeno ditava histórias para meu pai escrever, e depois vieram livros artesanais para parentes. Estou lançando o “Ancoradouro: Anchorage” e terminando a obra “Rumo a Sevilha”. A recepção do público jovem e adulto tem sido muito positiva e espero que todos possam se divertir com essa contagiante leitura. “
O desenvolvimento do potencial tem boa base familiar. Filho do médico José Bitu Moreno, desde cedo foi incentivado a ler, conhecer música clássica e incentivado em seus projetos pessoais.
“Definitivamente, tenho muito orgulho e admiração pelo meu pai, minha mãe, e minha irmã. Na Alemanha, inseriram minha irmã e eu no ensino Waldorf e nos levaram a teatros, passeios culturais e concertos. No Brasil, estudamos em escolas construtivistas, e isso fez toda a diferença.”
O novo livro acompanha o desenvolvimento pessoal e intelectual do escritor. Enquanto os dois primeiros livros seguem estilo de literatura infanto-juvenis, o “Ancoradouro: Anchorage” busca atingir diferentes perfis. “Além de muita pesquisa e preocupação com métrica, procurei divertir o leitor através da liberdade no formato de alguns trechos e enredo vivo.”
Para André, a experiência no exterior despertou a vontade de saber mais sobre outros povos e culturas e influencia o livro. Ele diz que viver próximo a museus, eventos culturais e lugares desconhecidos dispara o processo criativo, mas que a vida em Marília, longe dos grandes centros, não prejudica a inspiração.
“Inspiração é o que não falta; seja na natureza, pluralidade de ideias, ou formas de viver. Dessa maneira, procuro estimular os sentidos e imaginação do leitor. “
E para os jovens que desejam estrar na literatura, o escritor dá um conselho: “coloquem suas ideias no papel. Descartamos tantos pensamentos ricos sem ao menos lhes dar uma oportunidade de desenvolvimento. Sonhe alto, acredite em si, e não tenha medo.”
