Um médico de Araçatuba (150km de Marília) acusa professores e servidores da rede estadual de ensino de usar seu nome e assinatura para falsificar até 74 atestados médicos usados para justificar faltas ao trabalho na cidade.
O caso já virou inquérito policial e o médico prestou depoimento. Disse que não reconhece sua assinatura nos documentos, usados por pelo menos oito profissionais em diferentes situações de ausência nas escolas. Os nomes dos professores e das escolas envolvidas não foram revelados.
A diretoria de ensino da cidade já anunciou que seis dos oito envolvidos já foram demitidos. Em três dos casos os atestados apresentados com nome do médico seriam reais.
O caso foi descoberto depois de a diretoria pedir uma avaliação do médico para os documentos. Um dos servidores teria apresentado 32 atestados, segundo informações divulgadas pelo jornal Folha da Região na cidade.
Segundo a polícia, a assinatura e datas em 74 de 78 atestados analisados não eram compatíveis. Os envolvidos seriam professores contratados de forma temporária, sem participação em concursos.
“Precisamos fazer o exame caligráfico e comprovar, junto da assinatura do médico, que estes atestados são falsos. O uso já está caracterizado porque eles foram apresentados pelos professores na delegacia de ensino. Eles são indiciados por uso de documento falso e vamos verificar se eles falsificaram ou não”, afirma o delegado Marcos Roberto da Costa, segundo informações do portal G1. Além das demissões, a diretoria de ensino divulgou que foi instaurada a apuração preliminar para investigar as denúncias.