Começou a tramitar em regime de urgência na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo um projeto de lei para congelar os gastos do governo do Estado nos próximos dos anos, o que pode representar também arrocho no salário dos servidores estaduais.
A previsão de controle dos gastos está em proposta que autoriza o governador Geraldo Alckmin a celebrar acordo com a União para renegociar dívidas com a união.
Uma das obrigações do governo para ter acesso à renegociação e congelar gastos, ou seja, não criar novos compromissos de gastos por dois anos.
“O Estado de São Paulo terá que estabelecer limitação do crescimento anual das despesas primárias correntes, exceto transferências constitucionais a Municípios e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, à variação da inflação, aferida anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA ou por outro que venha a substituí-lo”, diz a exposição de motivos apresentada com o projeto.
Partidos da oposição já começaram a convocar sindicatos e representantes dos servidores para combater o projeto.
O deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL), diz que a “limitação ao crescimento” vai ser na verdade um congelamento de gastos com salários para agravar situação de categorias que enfrentam anos de arrocho.
A exposição de motivos justifica a medida pela grande economia a ser gerada pelo modelo do acordo.
Segundo o projeto, a lei para renegociação das dívidas “concedeu uma redução extraordinária na prestação mensal por um período de 24 meses” que em 2016 foi de 100% das parcelas e deve gerar redução de até R$ 15,6 bilhões no custo da dívida em dois anos.