A estudante Isadora de Morais, 14, baleada por um colega no colégio em que estuda em Goiânia, está paraplégica, aponta boletim divulgado pelo hospital onde a menina foi atendida após tiroteio na escola.
“A adolescente apresenta uma lesão na medula espinhal, no nível da 10ª vértebra da coluna torácica, que comprometeu os movimentos dos membros inferiores de forma definitiva. A paraplegia já havia sido diagnosticada no dia de sua admissão”, informou o hospital.
Os disparos, feitos por um aluno de 14 anos filho de um policial militar, provocaram duas mortes e deixaram quatro feridos. Além de Isadora, Marcela Macedo, 14 anos, está internada em estado regular de saúde, na enfermaria.
Isadora segue na UTI do hospital, mas com quadro considerado regular. Respira sem aparelhos e está consciente.
O colégio onde todos estudam promoveu um ato ecumênico. Isabel Morais, mãe de Isadora, disse que a filha pediu “as pernas de volta” aos médicos.
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” Fala para os médicos que quero minhas pernas de volta’. Acredito, creio que Deus vai recuperar a medula da minha filha, sei que Deus faz o impossível”, disse a mãe.
Os alunos João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos, morreram ainda no colégio.
Dois estudantes, Hyago Marques, 13 anos, e Lara Fleury, receberam alta do hospital.
O delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, disse que o autor dos tiros atuou inspirado em outros ataques famosos, como em escolas de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro. A arma usada, uma pistola .40, pertenceria à mãe do rapaz, que sofria bullying na escola.
