Moradores nos bairros atendidos pelas Unidades Básicas de Saúde dos bairros JK, Planalto, Alto Cafezal e Unidades de Saúde da Família do Aniz Badra, Parque dos Ipês e Clínica da Família Jóquei Clube/Santa Paula/Marajó recebem, neste sábado agentes de saúde em ação para controle do mosquito Aedes aegypti e prevenção da dengue na cidade.
A iniciativa, que cobrirá toda a cidade faz parte da estratégia para redução das pendências, ou seja, de imóveis não verificados pelo controle de endemias. A saúde pede que os moradores facilitem o acesso e limpeza.
“A ausência ou recusa dos moradores inviabiliza todas as ações, das mais simples, como a entrega de material de divulgação e verificação de criadouros, às mais complexas como bloqueio por nebulização e busca ativa de sintomáticos.”
Nesta semana, a Vigilância Epidemiológica lançou um alerta depois que o total de imóveis inacessíveis chega a 60%. É o caso do Santa Antonieta, Aniz Badra e Castelo Branco (zona norte); Parque dos Ipês e Nova Marília (zona sul) e Aeroporto (leste).
A supervisora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Alessandra Arrigoni Mosquini, lembra que em uma semana, foram seis novos casos confirmados, por toda a cidade, o que indica risco de transmissão independente da região.
“A maneira mais eficiente de combatermos a dengue e as outras doenças relacionadas ao Aedes é a eliminação dos criadouros. Quando temos um caso positivo, precisamos fazer a nebulização, o que está ficando inviável com essa alta pendência”, alertou.
Ainda conforme a supervisora, em grande parte das pendências é observada a recusa no acesso. “Os profissionais são devidamente identificados e seguem um protocolo, durante esse atendimento. A vistoria é realizada junto com morador, com o objetivo de orientar. Se a pessoa está em casa e não abre a porta, pode estar colocando em risco a saúde coletiva”, destacou.
O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça-feira (28), resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRa), que indicou 1.139 municípios do país em situação de alerta. Isso significa que entre 1% e 3,9% dos imóveis locais tinham larvas. O levantamento classificou 2.450 municípios como “satisfatórios” por apresentarem percentual menor de 1% para presença de larvas. Foi o caso de Marília.
“Esse índice é um parâmetro importante, mas ele sofre alteração muito rápida, em função de fatores diversos, como a chuva e a efetividade das ações de controle. Esse combate tem que ser feito tanto pelo Poder Público quanto pela população em geral. Não existe solução se o trabalho for unilateral”, destacou Alessandra.
Com os seis novos casos, em 2017 o município de Marília soma 41 casos confirmados de dengue Não houve nenhum óbito confirmado pela doença. Não há notificações de zika e chikungunya.