A Câmara de Marília faz sessão extraordinária na manhã desta quinta-feira (28) para votar quatro projetos de lei incluindo uma iniciativa do presidente da Casa, Wilson Damasceno, para implodir a licitação 001/2015 da Emdurb para contratação de empresa terceirizada destinada a instalação de radares em Marília.
Damasceno, que na semana passada já havia apresentado projeto com mais sete assinaturas para proibir radares na cidade, protocolou uma proposta em substituição à ideia, também com apoio de outros vereadores, para manter a autorização aos radares mas proibir a terceirização. OU seja, radar só se a Emdurb gerenciar o serviço, com agentes do Gaoc ou com apoio da Polícia Militar.
A medida é uma reação à retomada da licitação, aberta na gestão do ex-prefeito Vinícius Camarinha, e que chegou a ser suspensa ainda no mandato anterior e neste ano foi até revogada pela Emdurb em fevereiro.
Com a mudança na direção da empresa, a licitação foi retomada – sem qualquer divulgação, inclusive na página da transparência que deveria conter todos os atos oficiais da prefeitura – para contratação da empresa DCT Tecnologia e Serviços.
O projeto de Damasceno altera a lei 7501, de 2013, que regulamenta o serviço na cidade. A lei já contém disposições que foram atropeladas pela licitação, como proibir empresas terceirizadas de gerenciar radares móveis. O contrato da Emdurb prevê aluguel de sistema com gerenciamento pela empresa.
A proposta da Câmara vai além de exigir controle da Emdurb e prevê que a escolha dos locais para instalação dos equipamentos passe por aprovação dos vereadores.
Os vereadores devem cobrar da prefeitura maior divulgação e efetivação de um convênio assinado com o governo do Estado em março deste ano para investimentos em mapeamento dos acidentes e políticas de educação no trânsito.
A licitação para contratação de radares prevê equipamentos nos principais corredores de trânsito da cidade, sem qualquer dado sobre volume de acidentes, gravidade, tipo de infração ou ocorrências em cada uma delas.
A justificativa para implantação dos equipamentos é o volume de acidentes com mortes na cidade e a pressão do Ministério Público do Estado para que a prefeitura tome medidas de segurança no trânsito e controle dos abusos de motoristas.