Marília

Assembleia aprova orçamento de SP e veta repasse milionário para Famema

Assembleia aprova orçamento de SP e veta repasse milionário para Famema

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta quarta-feira a proposta de orçamento para o governo do Estado em 2018 e os deputados governistas rejeitaram pacote de propostas da oposição, incluindo a emenda 54, do deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL), que previa investimentos de R$ 100 milhões na reorganização da Famema. 

A proposta foi aprovada com voto de 53 governistas entre os 94 parlamentares. O governador Geraldo Alckmin prevê receita total de R$ 216,5 bilhões para 2018. Entre os deputados estaduais da região, Ricardo de Madalena, de Santa Cruz do Rio Pardo, e Celso Nascimento, de Bauru, votaram com os governistas. Abelardo Camarinha, de Marília, acompanhou obstrução do PSB e não votou. Pedro Tobias, de Bauru, líder do PSDB no Estado, não participou da votação

A emenda de Gianazzi previa assegurar recursos para tarefas administrativas e para investimentos em pessoal, “além da imprescindível estrutura de ensino e atendimento à população, além da expansão predial e melhorias nas instalações a professores e alunos”, segundo o deputado.

A previsão é que a faculdade tivesse condições de investir em reajuste salarial, investimentos em estrutura física e reorganização administrativa. Para o deputado, não foi a única falha no orçanento.

A Secretaria de Logística e Transportes, responsável pelas obras do Trecho Norte do Rodoanel e da Nova Tamoios, foi a maior beneficiada e terá R$ 7,2 bilhões, 10% a mais que neste ano.

As pastas de Meio Ambiente, Desenvolvimento Social, Esportes, Cultura e Pessoa com Deficiência perderam recursos, com queda superior a 10%. “É um Orçamento antissocial, antidemocrático, que não contemplou investimentos nas áreas sociais”, disse Gianazzi.

Será o último ano de Geraldo Alckmin no governo, com previsão de execução encurtada caso o governador confirme disposição em disputar a presidência e deixe o mandato para a campanha eleitoral.

Nesta hipótese, o orçamento – sem os recursos para a Famema – seria gerenciado pelo vice-governador, Márcio França, que hoje ocupa a Secretaria de Ciência e Tecnologia e já é responsável pela gestão da Famema como uma autarquia do Estado na área de educação e não fez qualquer mobilização pela aprovação da emenda.