O promotor de Justiça Isauro Pigozzi Filho recebeu da Procuradoria Geral de Justiça, de São Paulo, os documentos com pedido de abertura de uma investigação sobre a demora no processo de encampação da Famema (Faculdade de Medicina de Marília) por uma universidade estadual.
Pigozzi instaurou um procedimento preparatório para inquérito civil sobre o caso e vai decidir se uma representação do deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) pode ser transformada em processo, pedido de informações ou mesmo proposta de ajuste de conduta.
A encampação foi aprovada pela assembleia legislativa do Estado em 2006. A partir de 2008 foi engavetada para transformação da Famema em uma autarquia isolada do governo do Estado. Hoje, o complexo Famema é organizado e administrado por duas autarquias e duas fundações, com muitos problemas.
A proposta é que uma das três universidades estaduais – USP, Unicamp ou Unesp – incorpore toda a estrutura e passe a ser responsável pelos cursos de medicina e enfermagem, pela gestão de três hospitais, além de ambulatórios e outros serviços de saúde.
Subfinanciamento – repasses muito abaixo das necessidades – desorganização administrativa, impasses de gestão, além da burocracia pelo envolvimento de tantas estruturas diferenciadas são alguns dos problemas da faculdade e seus hospitais, responsáveis por atendimento a pacientes de 62 municípios.