Uma reunião nesta quinta-feira na Câmara de Marília vai envolver vereadores e representantes da Legião Mirim para discutir alternativas de recuperação da entidade, que tem histórico de 50 anos em atendimento comunitário e formação profissional de jovens.
Ameaçada por mudanças na lei trabalhista, que esvaziou os projetos de encaminhamento profissional, a Legião Mirim sofre um impacto ainda maior com a perda de arrecadação da zona azul, que tem cartelas vendidas pela instituição.
Um projeto da prefeitura para automatizar o sistema pode decretar o fim de atividades da Legião. Além disso a administração cobra dívida em valores de cartelas não repassados.
O encontro desta quinta deve contar ainda com participação de representantes dos Lions Club, responsável pela criação da Legião, além da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, Secretaria de Assuntos Estratégicos e Secretaria de Administração.
“Muitos jovens foram formados pela Legião e sua inclusão no mercado de trabalho e na sociedade como um todo não pode ser jogado fora, de uma hora para outra, como se não tivesse a mínima importância. Daí a preocupação de todos os vereadores em relação à Legião Mirim”, explicou o presidente da Câmara, Wilson Damasceno.
Segundo o presidente da Câmara, no momento em que foi apresentado o Projeto de Lei que visa a implantação da Zona Azul Digital, com utilização de parquímetros em substituição aos legionários, todos os vereadores demonstraram preocupação com o futuro da entidade.
“O vereador José Luiz (PSDB) apresentou um requerimento, preocupado com a inviabilização do trabalho dos legionários, caso seja implantado o sistema digital e essa preocupação foi acompanhada pelos demais vereadores, que fazem questão de acompanhar, de perto, este processo”, disse o presidente.
Damasceno também afirma que já aconteceram, na própria Câmara, duas reuniões envolvendo representantes da Legião Mirim, Empresa de Mobilidade Urbana de Marília (Emdurb) e vereadores, na busca de uma solução para o impasse.
“Em uma das reuniões, esteve presente o prefeito Daniel Alonso que acompanhou nossa preocupação com o tema. Podemos chegar a um entendimento para mantermos viável o trabalho de inclusão profissional que a Legião Mirim tem feito ao longo de mais de quatro décadas”, explicou Wilson Damasceno.
Ainda de acordo com o presidente da Câmara, existem duas propostas iniciais que estão em análise. “Das reuniões com os vereadores, surgiu a possibilidade de aprovarmos uma lei, que permita a contratação de estagiários bolsistas, em parceria coma Legião Mirim. Também estamos propondo a análise da possibilidade de tornarmos a própria Legião Mirim em uma segunda unidade do Centro Profissionalizante de Marília (Ceprom) ”, finalizou.
A reunião está agendada para às 15 horas, na sala da presidência da Câmara de Marília.