O mês de dezembro de 2017 fechou o ano como o segundo com maior índice de débito acumulado nos últimos cinco anos de consumidores devedores no comércio de Marília.
Levantamento da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília) mostra que o comércio da cidade encerrou 2017 com valor acumulado de R$ 15.832.438,08 em dividas não pagas por consumidores e cadastradas nos sistemas de proteção ao crédito. Os números envolvem 40.558 dívidas com média de R$ 390,00 por conta não paga e 23.925 devedores cadastrados.
O índice registrado em dezembro foi o segundo maior do ano – só perde para novembro, quando a dívida chegou a R$ 16.072.458,09 -. Os números provocam apreensão.
“São valores elevados que deixam de circular no comércio mariliense, prejudicando, e muito, os comerciantes e a cidade em geral”, lamentou o presidente da associação, Libânio Victor Nunes de Oliveira.
O valor representa o acumulado em inadimplência nos últimos cinco anos, prazo máximo para que as empresas possam cobrar devedores judicialmente. Libânio apontou a inadimplência como maior problema no comércio.
Quando ocorre a venda, o comerciante fica sem o produto, paga impostos e comissões. Assim, vender sem receber é pior que ficar sem vender,
“Quando o lojista vende e não recebe só ele perde. Por isso é preciso combater a inadimplência com informação. Hoje é possível analisar melhor o cliente através do potencial de compra que ele tem”, frisou.
O superintendente da Acim, José Augusto Gomes, mostra que o maior número de débitos está registrado em nome de mulheres.
Nos dados isolados de dezembro, elas foram responsáveis por 464 dívidas, contra 281 débitos de homens. No acumulado dos cinco anos são 12.748 devedoras e 7.974 homens. Há 2.341 casos em que o sexo não foi informado.