A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o rombo do Instituto de Previdência de Marília pretende ouvir nos dias 24 e 25 deste mês depoimentos dos ex-prefeitos Vinícius Camarinha, Ticiano Tóffoli e Mário Bulgareli sobre calote nos repasses e crise financeira do Ipremm.
Os ex-prefeitos devem ser ouvidos antes do ex-secretário da Fazenda Nelson Grancieri, homem de confiança do ex-prefeito Bulgareli, que acumulou a Fazenda com o cargo de chefe de gabinete, marcou depoimento e não apareceu. Está prevista nova sessão no dia 26 para que ele seja ouvido.
Falta de repasses, calotes em parcelamento de dívidas e investimentos de recursos do Ipremm são alguns temas a serem discutidos com os ex-prefeitos.
O instituto, criado na gestão do ex-prefeito Salomão Aukar, deveria apresentar caixa com dezenas de milhões de reais. Em vez disso acumula um rombo na faixa de R$ 200 milhões por pagamentos não feitos pela Prefeitura.
Nesta quarta-feira a comissão ouviu o ex-secretário da Fazenda Gabriel Ribeiro, que ocupou o cargo na gestão de Ticiano, em 2012, após a renúncia de Bulgareli. Ribeiro, que vive em São Paulo, deveria ter prestado depoimento no dia 13, mas pediu adiamento por compromissos pessoais.
Ribeiro afirmou que houve meses em que a prefeitura repassou os pagamentos devidos ao Ipremm e houve meses em que estes pagamentos não foram realizados”, sem detalhes de datas e valores.
Segundo o ex-secretário, o governo tinha como prioridades, efetuar o pagamento da folha dos servidores ativos e a manutenção dos serviços básicos da cidade como saúde, educação, assistência social e manutenção de vias públicas.
Nelsinho, que não apareceu e nem justificou ausência, pode sofrer um pedido de condução coercitiva para depoimento.
Como a maioria dos envolvidos nem ocupa mais cargos na Prefeitura, as conclusões do Ipremm devem ser transformadas em um dossiê a ser encaminhado para o Ministério Público para eventuais medidas judiciais.