Educação

Estado perde salas noturnas, cresce em distrito e patina em salário, diz Apeoesp

Estado perde salas noturnas, cresce em distrito e patina em salário, diz Apeoesp

Um balanço da Apeoesp (Sindicato dos Professores no Estado de São Paulo) sobre processo de atribuição de aulas em Marília indica perda de turmas noturnas tradicionais, transferência de alunos e professores, crescimento em algumas regiões e aponta impasse nos salários e condição de trabalho como desafios de 2018.

Segundo o professor Juvenal Aguiar, dirigente do sindicato na cidade, a entidade acompanhou diariamente o processo de atribuição de aulas e diz que apesar das mudanças o balanço na cidade não é negativo na questão de vagas e organização.

Juvenal apontaqueda acentuada na demanda de alunos em algumas áreas da rede estadual e diz que as escolas Sebastião Mônaco, na zona oeste, e José Alfredo, na zona sul, fechou turmas noturnas mas que o Estado mas aumentou salas em Padre Nóbrega e na escola Monsenhor Bicudo, como exemplos de crescimento.

A escola Amauri Pacheco foi municipalizada e segundo o dirigente os professores foram todos recolocados em outras unidades. “Não houve tantos problemas.”

Segundo Juvenal, há avanços como retomada de salas de leituras e a previsão de um novo processo de atribuição para retomada de professores mediadores em todas as escolas. “Os mediadores são professores designados para atuar em situações de conflitos, indisciplina, problemas de relacionamentos dentro da escola”, destaca.

Ainda de acordo com o dirigente, a notícia ruim no setor é a manutenção do arrocho salarial e a falta de estrutura para trabalho dos professores. “O governo não quer cumpri nem o piso nacional da categoria. Houve um reajuste de 7% esse ano mas que ignora diferença de 10% do piso em 2017. São quatro anos sem reajuste, para professores e todos os servidores.”

Juvenal Aguiar disse ainda que faltam professores concursados em diversas disciplinas e que a contratação dos temporários oferece emprego e vagas a muitos bacharéis em diversas áreas e que o ideal seria corpo completo de concursados focados na carreira de professores.

“Mas para isso precisamos de salários adequados, de condições, é muito difícil ser professor na rede hoje em dia. Desde que o PSDB assumiu o governo a cada ano a situação das escolas é pior.”