Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Santa Catarina mostrou que foram encontradas presenças de medicamentos, hormônios sintéticos, agrotóxicos e metais pesados como chumbo e urânio em amostras de água que chegam a consumidores em diferentes cidades do país.
Todo o material é provenientes do esgoto doméstico e industrial que chega aos rios e outros mananciais das cidades onde a pesquisa foi desenvolvida, a exemplo do que acontece com a água coletada no rio do Peixe, em Marília.
Segundo engenheira química e professora titular da Universidade, Sonia Corina Hess. O poder público precisa priorizar políticas relativas ao acesso à água e, principalmente, o tratamento de esgotos
“Nas regiões de pecuária intensiva, o problema é pior ainda. As águas recebem grandes quantidades de dejetos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos utilizados nas granjas. Também por isto nossos rios estão totalmente poluídos”, explica a professora.
Os estudos envolvem coletas de Sâo Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina Uma coleta na bacia do rio Atibaia, que abastece a população de Campinas, mostrou agentes químicos nas 26 amostras colhidas.
Uma amostra de água tratada em uma das estações de São Paulo em 2014, auge da crise hídrica no estado, ultrapassou a concentração máxima de chumbo permitida.
O chumbo está associado à elevação da pressão arterial, comprometimento da função cardíaca, dores abdominais, alterações endocrinológicas e no sistema reprodutor, anemia, hipotireoidismo, transtornos mentais e doenças renais, entre outras.