Marília

Operação da PF em Marília repercute no país; prefeitura faz comunicado

Operação da PF em Marília repercute no país; prefeitura faz comunicado

Moradores de Pernambuco, Bahia, grande São Paulo e toda a região sabem que em Marília uma licitação para compra de 450 tablets virou caso de polícia com direito a Operação da PF, busca em residências e órgãos públicos e a suspeita de desvios de recursos do Ministério da Saúde.

Alguns dos principais veículos de comunicação do país repercutiram a Operação Reboot, deflagrada pela Polícia Federal em Marília nesta quarta-feira para investigar superfaturamento e fraude em licitação na compra dos tablets, realizada em 2016, com dinheiro do Ministério da Saúde.

Estadao, portal G1 e o jornal Destak, de distribuição gratuita em SP e acessos online, divulgaram a operação logo pela manhã. Os sites da Polícia Federal e do Ministério Público replicaram a notícia, que chegou à Agência Brasil, do Governo Federal, e veículos de todo o país.

Duas publicações de Pernambuco, uma da Bahia, várias no interior de São Paulo e até um site de uma desentupidora replicaram informações oficiais da PF ou dos principais jornais do país.

A acusação de fraude envolve suspeitas de favorecimento de empresas ligadas ao cunhado do vereador Danilo Bigeschi, o Danilo da Saúde, assessor da secretaria de Saúde na época . O vereador nega qualquer envolvimento com a licitação ou fraudes na compra.

A Prefeitura divulgou nesta tarde uma nota oficial sobre o caso. Diz que a compra é da gestão passada, do ex-prefeito Vinícius Camarinha, e que em 2017 a atual gestão abriu uma sindicância. Leia íntegra da nota abaixo.

A Prefeitura de Marília informa que em relação à Operação da Polícia Federal nesta data, desde 2017 já foi instaurada Sindicância Investigativa através da Portaria n º 32991/17, em decorrência de Requerimento nº 2271/16 do Vereador Mário Coraíni Júnior encaminhado pelo Ofício da Câmara Municipal de Marília nº 14101, ao qual solicitava investigação para apurar denúncias de irregularidades na compra de 450 “tablets” para uso de Agentes de Saúde do Município, cujo valor da compra ocorreu no montante de R$ 1,057 milhão, vendidos pela Empresa “Kao Sistemas de Telecomunicações”, compra esta reprovada pelo Conselho Municipal de Saúde em setembro de 2016.

As eventuais irregularidades ocorreram na Administração passada e as providências foram tomadas logo no início desta administração.

A Sindicância Investigativa tramita junto à Corregedoria Geral do Município e encontra-se em fase de instrução com oitiva de testemunhas e colheita de documentos.

O procedimento visa apurar eventual fraude na cotação, restrição do caráter competitivo da licitação, superfaturamento na compra, adequação da modalidade da licitação escolhida, documentos falsos, ligação de parentesco entre os licitantes e servidores e suposta infração funcional de servidores envolvidos no procedimento.

A investigação tramita em caráter sigiloso, conforme determina art. 58, §1º, na Lei Complementar n.º 680/13 e vem de encontro à investigação do Ministério Público Federal que visa apuração no mesmo sentido.”