Uma ação judicial para investigação de erro médico em Marília pode provocar uma indenização superior a R$ 1 milhão e envolve acusação de falhas em procedimentos de dois hospitais do complexo Famema: o Hospital das Clínicas e o Materno-Infantil.
A cobrança é movida pelo viúvo e pela mãe de uma paciente gestante que perdeu o bebê, entrou em coma dias depois e faleceu em alguns meses após passar em atendimento pelos dois hospitais.
A família pede indenização no valor de R$ 946 mil por danos morais e materiais com atendimento à mulher, que tinha 31 anos, e ainda cobra pagamento de honorários que pode levar o caso para mais de R$ 1 milhão.
A Vara da Fazenda Pública, onde corre o processo, publicou no Diário Oficial desta segunda a comunicação oficial para recebimento da ação e notificação dos hospitais. A Famema ainda não tem qualquer manifestação oficial e deve apresentar contestação em até 30 dias.
Segundo a família da paciente, os problemas começaram em março do ano passado, quando ela foi internada com problemas de vômitos e pressão baixa.
A acusação diz que a gestante recebeu alta no dia 29 de março de 2017 mas precisou ser internada novamente no dia 5 de abril, quando teria sido constatada a morte do feto.
A paciente teria sido submetida a um tratamento para aborto espontâneo, que envolveu medicação. Segundo a ação, o estado de saúde da moça piorou muito com os medicamentos, mas o procedimento teria sido mantido da mesma forma.
O aborto aconteceu na noite de 10 de abril e a paciente teria sido submetida a uma curetagem. Durante o procedimento, teve convulsões. E aí começam novas acusações.
Segundo a ação, a mulher foi enviada à urgência do Hospital de Clínicas, passou por consulta e retornou ao Materno Infantil.
Teria sofrido novas convulsões que provocaram outra viagem ao HC, desta vez para uma internação que, segundo a família, representou horas de espera.
No dia 12 ela teria sido internada na UTI e um exame no dia 24 teria sido apontado apenas 1% de atividade cerebral. Patrícia faleceu em agosto.