Uma assembleia dos servidores municipais de Marília realizada na noite desta terça-feira no Espaço Cultural rejeitou a última proposta de acordo salarial apresentada pela prefeitura, com 3% de reajuste dos salários e R$ 50 a mais no vale alimentação, que hoje é de R$ 250.
A categoria pede 12% de reajuste e equiparação do vale alimentação aos valores pagos pela Câmara, na faixa de R$ 480. Apesar disso a categoria já deu indicações que pode se contentar com reajuste na faixa dos 6%.
A proposta da prefeitura havia sido apresentada em uma reunião com o próprio prefeito Daniel Alonso e o secretário da Fazenda, Levi Gomes. Com a rejeição da proposta, o sindicato vai tentar nova rodada de negociações. Enquanto isso a categoria está em estado de greve.
A prefeitura alega questões financeiras e legais, como limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, para não atender a reivindicação dos servidores.
Durante a campanha, Daniel Alonso pregou valorização da categoria com reposição dos índices de inflação, o que já não aconteceu no primeiro ano de mandato, sob justificativa do rombo financeiro encontrado nas contas públicas.
Assim como na gestão anterior, do ex-prefeito Vinícius Camarinha, Daniel passou a divulgar benefícios da categoria, como o anuênio, que prevê correção automática dos salários de servidores, como parte da correção e recomposição dos vencimentos. Segundo a prefeitura, os 3% de reajuste, somados ao anuêncio, superam a casa dos 5%.
A assembleia dessa terça-feira contou ainda com uma nova situação: o acompanhamento por alguns vereadores. A Câmara de Marília, que já nomeou uma comissão para acompanhar a elaboração do Plano de Carreira e a relação do poder público, quer estar mais próxima da negociação antes que qualquer projeto chegue ao plenário.
O presidente da Casa, Wilson Damasceno, e os vereadores José Luiz Queiroz e Cícero do Ceasa, acompanharam a assembleia. José Luiz já protagonizou uma polêmica com o secretário da Fazenda nesta campanha salarial.
Depois de considerar indecente a primeira proposta, de 2%, ficou sabendo pelas redes sociais que o secretário respondeu com acusação de que indecente era a postura do vereador. José Luiz atribuiu o ataque a “insanidade”.