Após cerca de quatro horas de ocupação, os integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e da Frente Povo sem Medo deixaram o apartamento triplex no Guarujá, no litoral paulista, atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pelo Twitter, Guilherme Boulos, coordenador do movimento e pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, considerou a ação da Polícia Militar arbitrária, pois foi feita sem ordem judicial.
“A polícia deu prazo para a saída do MTST do triplex, sob pena de prisão de todos os ocupantes. O triplex foi desocupado, mas o recado ficou. É evidente que não tinham ordem: quem pediria a reintegração de posse?”, questionou Boulos.
Os manifestantes chegaram no apartamento do Condomínio Solaris no início da manhã e colocaram a bandeira do movimento e faixas na fachada do prédio com mensagens “Povo Sem Medo” e “Se é do Lula, é nosso”.
O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7. O imóvel é o foco das investigações que o levaram à prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Lula foi condenado a 12 anos e um mês. De acordo com as investigações, o imóvel e a reforma, estimados em R$ 2,4 milhões, foram feitos pela empreiteira OAS em favorecimento da empresa em contratos.
O Ministério Público Federal no Paraná informou, por meio da assessoria de imprensa, que o apartamento está disponível para leilão. Não foi esclarecido até o momento, no entanto, quem poderia pedir a reintegração de posse.