Sustentável

Marília prepara grupo para estudar e proteger abelhas; até plantas ameaçam

Marília prepara grupo para estudar e proteger abelhas; até plantas ameaçam

O Cades (Conselho de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) de Marília deve criar na cidade uma câmara de ambientalistas dedicada a estudar e proteger a vida de abelhas nas zonas urbana e rural do município. E os desafios podem estar até em plantas.

A criação do grupo será um dos temas de encontro que o Conselho promove no dia 17, às 17h, na Câmara de Marília. O município tem motivos para preocupações. Desde 2013 são relatados casos de grandes populações de abelhas mortas, incluindo envenenamento por plantas que não são nativas e acabam adotadas por questões estéticas.

Em um dos casos, um apicultor da cidade registrou de uma vez a morte de pelo menos 15 mil abelhas. Colmeias inteiras são dizimadas.

Flor com substância tóxica para abelhas ainda é usada por motivos estéticos

“Algumas cidades e até a assembleia legislativa de Santa Catarina já discutem medidas de prevenção como a proibição do plantio e venda destas plantas”, explica o ambientalista Sérgio Urbaneja, integrante do Conselho e do Coletivo Socioambiental de Marília.

O coletivo também já colocou a preservação das abelhas na pauta de debates e é responsável por uma campanha permanente de redução e controle no uso de agrotóxicos em Marília e região.

Mas este é só um dos problemas para o setor. O desmatamento, urbanização, e, especialmente, uso indiscriminado de agrotóxicos também promovam perdas volumosas de colmeias e abelhas.

As abelhas têm função essencial no meio ambiente com a polinização que carrega sementes de árvores ornamentais e frutíferas. Além disso, representam um importante impacto econômico e de alimentação e saúde com a produção de mel.

“Proteger as abelhas é uma das ações sustentáveis mais importantes em todo o mundo no momento. Em muitas cidades a legislação e a conscientização avançam. Estamos discutindo como trazer esse movimento para Marília”, disse Urbaneja.

A partir da criação da Câmara setorial de apicultura e meliponicultura, o Conselho de Meio Ambiente deve envolver a coletividade, apicultores e órgãos técnicos de fiscalização e suporte à agricultura para discutir ações práticas de controle e proteção.