Marília

Comissão estuda intervenção em Sindicato dos Servidores; eleição vira caso de polícia

Mesa para votação montada na rua depois que Sindicato fechou portas em Marília – Reprodução
Mesa para votação montada na rua depois que Sindicato fechou portas em Marília – Reprodução

A Comissão eleitoral designada pela Justiça para acompanhar o processo de votação para nova diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais pediu um parecer jurídico para um eventual pedido de intervenção na entidade depois de duas urnas serem roubadas e outras duas serem atacadas em órgãos públicos da cidade.

Os ataques aconteceram na tarde desta terça-feira. Uma mesa de votação que deveria ser instalada no sindicato foi impedida de ter acesso ao prédio. O mesário designado, o coronel reformado da PM Sugar Ray Robinson, manteve oi atendimento na calçada, do lado de fora.

Pouco depois uma urna que estava no Daem e outra, da Secretaria de Obras, foram retiradas à força por homens não identificados. “Tentaram pegar urnas em duas escolas, mas o pessoal conseguiu evitar. Para mim são criminosos, bandidos, perigosos”, disse o presidente da comissão eleitoral, Osvaldo Emídio.

Emídio, que  é candidato na Chapa 4, de oposição, dois advogados estudam medidas sobre o caso. “Nossa intenção é pedir uma intervenção judicial, com uma auditoria e convocação de novas eleições que sejam controladas pela Justiça desde o início”, afirmou.

A comissão recolheu quatro urnas que não foram levadas pelo grupo e suspendeu o processo eleitoral. Osvaldo Emídio disse que já recebeu informações de uma votação paralela. “Ainda não confirmamos, só ouvi. Até prova são boatos. É uma votação que não vale nada.”

A eleição já provocou uma disputa judicial contra decisões da diretoria do Sindictao9 na organização do processo eleitoral. Uma ordem da juíza Paula Jacqueline Bredariol de Oliveira obrigou a instalação de uma comissão de acordo com estatuto do Sindicato, com representantes de todas as chapas. Mas as polêmicas não acabaram.

“A comissão teve que providenciar urnas e cédulas que o sindicato não forneceu. Também não recebemos a relação dos sócios para a votação. Estamos usando listas da prefeitura, Daem, e outros serviços com nomes de quem vem pagando a contribuição”, disse Emídio.

Segundo o presidente da Comissão, duas chapas de situação, a 1 e a 3, recusam todas as convocações para participar das reuniões e decisões na comissão eleitoral. Cinco chapas disputam a eleição.

Osvaldo Emídio disse que foram feitos boletins de ocorrência sobre os ataques às urnas com informações sobre as ameaças e outras irregularidades da eleição. Ele disse que todos os documentos foram encaminhados aos advogados para eventual medida de intervenção.