A Polícia Federal de Marília começou a intimar ex-funcionários da CMN (Central Marília Notícias) para prestarem depoimentos em inquérito que investiga relações políticas e crimes envolvendo a propriedade, posse e gestão da empresa.
A primeira fase de depoimentos deve envolver cinco ex-funcionários – quatro ligados às rádios Diário FM e Dirceu AM e um ligado à administração da empresa – e os depoimentos devem acontecer em julho.
Pelo menos dois dos ex-funcionários convocados já teriam sido ouvidos pela PF na primeira fase da investigação que já provocou uma denúncia oficial e abertura de processo contra o ex-prefeito e deputado estadual Abelardo Camarinha, seu filho, o ex-prefeito Vinícius Camarinha, e mais oito pessoas.
O Giro Marília apurou que advogados dos funcionários já estiveram na PF para identificar sobre o que tratam os depoimentos, mas não foram revelados detalhes dos pontos a serem esclarecidos pela polícia.
A informação sobre as intimações começaram a circular nesta terça-feira, dia em que o caso ganhou visibilidade nacional ao ser citado em reportagem da Folha de S.Paulo sobre investigações que serão transferidas para varas de primeira instância depois que o STF (Supremo Tribunal federal) flexibilizou a regra do foro privilegiado.
O processo tramita desde 2016 junto ao TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), em São Paulo, por envolver denúncia contra o deputado estadual e ex-prefeito Abelardo Camarinha.
Mas o relator do processo, o desembargador Fausto De Sanctis, determinou que o processo seja remetido para a Justiça Federal em Marília como consequência da decisão do STF.
A Folha repercutiu casos estaduais que começam a ser enviados pelos tribunais para a justiça nos municípios, citou a atuação do ministro Dias Toffoli, do STF, que aparece identificado na reportagem como magistrado de Marília indicado ao Supremo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.