Estudantes da Famema integram um grupo de alunos de medicina de São Paulo e Paraná que produziram textos para orientar atendimento de saúde para população em situação de rua, que envolve diversos aspectos específicos.
A cartilha é resultado de um debate entre alunos de diferentes universidades e instituições em Botucatu e analisou condição de “quem fica, está ou é da rua” e foi produzida pela Denem (Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina).
“As políticas sociais atuais voltadas para essa população são, em sua maioria, compensatórias e assistencialistas, não garantindo à ela a efetivação de seu direito à saúde. Isso se dá por uma destituição de cidadania desses brasileiros, sendo tratados como problemas urbanos aos quais o Estado deve intervir com medidas pontuais”, diz um dos textos produzidos por alunos da Famema para o projeto.
A cartilha está disponível para download e você pode acessar o conteúdo aqui
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A cartilha envolve abordagens para diferentes situações de saúde e temas específicos, como cuidados com crianças ou adolescentes e para mulheres. Também apresenta entrevistas com lideranças de movimentos de moradores de rua e alguns testemunhos de pacientes.
A discussão para produzir o conteúdo envolvei pelo menos 70 pessoas. Uma das decisões em consenso foi a ideia de expandir os assuntos e levar as informações para todas as faculdades e cursos de medicina, além de serviços públicos.
Os moradores em situação de rua são considerados como parte das chamadas ‘populações negligenciadas’ pelos serviços públicos de saúde. São moradores que na maioria das vezes não têm documentos pessoais – incluindo título de eleitor e direito a voto – ou participação nos modelos tradicionais de serviços, como as unidades básicas de saúde.
O documento sugere que a cartilha “seja instrumento introdutório de perturbação com informações que motivam agir”.
