Marília

Cidade tem 90% de postos sem combustíveis; Ceagesp melhora em ‘dia fraco’

Cidade tem 90% de postos sem combustíveis; Ceagesp melhora em ‘dia fraco’

A gritante maioria dos postos combustíveis de Marília iniciou a sexta-feira com cones na entrada para bombas de abastecimento. Segundo projeções do Sindicato dos Postos, 90% das empresas começaram o dia sem estoque e o problema deve se agravar.

O desabastecimento é provocado pelo protesto nacional de caminhoneiros que bloqueia cargas em todo o país e especialmente na saída de distribuidoras e bases de entrega de combustíveis.

Segundo o diretor regional do Sindicato, Gustavo César Henrique  da Silva, contatos com as bases de distribuição mostra que não há previsão sobre saídas e as empresas aguardam eventual acordo para encerramento da greve.

Uma proposta de acordo chegou a ser anunciada na noite desta quinta-feira, mas apenas parte das organizações envolvidas com os motoristas aderiu. A Associação Brasileira de caminhoneiros, primeira entidade a convocar o bloqueio, deixou a mesa de negociação sem acordo.

O proprietário de um posto ouvido pelo Giro disse que está em contato com a distribuidora mas sem previsão de entrega. Postos que ainda tinham estoques pela manhã acordaram com longas filas, como o do Atacadão, onde duas bombas funcionavam por volta de 9h desta sexta.

CEAGESP

O abastecimento de hortifrutigranjeiros no entreposto do Ceagesp de Marília teve uma sexta mais próxima do normal que a quinta, embora seja um dia de menor movimento. Ontem, quando o volume de empresas para comprar os produtos tradicionalmente aumenta, o entreposto recebeu 60% da carga prevista.

Alguns produtos que vieram de regiões mais distantes, como batata e cebola, chegaram com preços até 20% mais altos. Há outros aumentos que devem aparecer nas gôndolas de varejões e supermercados.

“Tentamos negociar, conversar com os fornecedores. Alguma coisa foi possível segura, mas nem tudo”, explicou Átila Colognesi Louzada, gerente da Ceagesp em Marília.

O protesto dos caminhoneiros chega ao quinto dia com paralisações em pelo menos 24 estados. Os motoristas pedem redução de PIS e Cofins nos preços do óleo diesel. O governo pediu uma trégua de 90 dias com redução temporária de valores.