Uma reunião na manhã desta quarta-feira aprovou a liberação de todos os motoristas interessados em retomar viagem e encerrou o maior ponto de protesto e bloqueio de cargas da greve de caminhoneiros em Marília, ao lado do posto Gigantão.
O bloqueio reuniu dezenas de caminhões desde o início dos pontos e foi um importante ponto de paralisação de cargas no eixo norte-sul do país. Segundo voluntários que atuam no suporte ao protesto, até 60% dos motoristas devem sair ainda nesta manhã.
Alguns caminhoneiros ainda vão permanecer no local para aguardar informações sobre outros pontos de bloqueio no país. “Minas ainda tem muito lugar parado, no Paraná também. Aqui os motoristas têm equipe de apoio, segurança, bem acomodados, não vão arriscar sair pra ficar parado no meio da estrada”, disse um dos voluntários.
A desmobilização acompanha resultado do acordo firmado entre o governo federal e as principais entidades representantes de caminhoneiros, que vai reduzir preço do diesel em R$ 0,46, congelar reajustes por dois meses e depois liberar altas mensais, sem risco de oscilação diária ou semanal.
O acordo também fixou tabela de fretes e garantia de contratação mínima de autônomos pela Conab
A quarta-feira começou com pontos de bloqueio em diversos trechos de rodovias no Oeste Paulista, especialmente em Agudos, onde um motorista teria sido atacado por tentar furar a greve. O caminhão foi apedrejado. Foi o segundo caso na região.