A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) aberta pela Câmara de Marília para investigar desperdício de 7 toneladas de carne da merenda escolar em janeiro deste ano deve convocar o chefe de gabinete da Prefeitura de Marília, Márcio Spósito, para depor sobre o caso.
O objetivo será esclarecer a ordem de comando e as determinações de aproveitamento, manejo e conservação de alimentos que provocaram a perda da carne.
A decisão de convocar o assessor mais próximo ao prefeito Daniel Alonso partiu após depoimentos desta semana que apontam conhecimento do gabinete sobre todos os procedimentos da cozinha piloto.
Na quinta-feira, o ex-secretário da Educação Roberto Cavallari Filho, prestou depoimento e disse que o gabinete tinha informações de todos os problemas e os procedimentos adotados na cozinha.
O presidente da comissão e autor do requerimento que levou à criação da CPI, Luiz Eduardo Nardi, disse nesta sexta-feira ao Giro Marília que a convocação do secretário será definida com convite para depoimento na próxima semana. Nardi afirmou que não há uma decisão sobre eventual depoimento do prefeito Daniel Alonso.
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“Vamos ouvir o chefe de gabinete. Um eventual depoimento do prefeito depende de mais informações e até de questões jurídicas para as quais eu pedi hoje alguns esclarecimentos da procuradoria”, disse o vereador.
Segundo Nardi, o ex-secretário prestou depoimento com muitas afirmações sobre a administração e gestão do setor mas uma preocupação é manter os limites da atuação da CPI até para evitar entraves legais.
“A comissão tem um objeto de apuração sobre o manejo e perda destes alimentos. Vamos tratar deste objeto e ver como devem ser encaminhadas outras informações. Tudo o que envolver o objeto de criação da comissão será apurado”, disse o vereador.
A comissão já tem a indicação de que a merenda foi perdida porque uma remessa de carne em cubos foi descongelada, moída e enviada para escolas e entidades, mas teve sobras devolvidas que foram armazenadas mais uma vez com os alimentos congelados.
Segundo a apuração da CPI, essa carne moída teria se deteriorado no freezer e o comprometeu todo o estoque. A comissão já apurou também que a câmara fria, improvisada como espaço de congelamento, tinha alimentos com o dobro de capacidade para armazenamento.
