Marília

Dengue - Saúde aponta controle de mosquito e Ministério desatualizado

Dengue - Saúde aponta controle de mosquito e Ministério desatualizado

A Secretaria Municipal de Saúde de Marília divulgou nesta sexta-feira um relatório sobre infestação do Aedes aegypti na cidade e diz que o nível de infestação do mosquito, transmissor da dengue e zika, caiu muito e atingiu nível “satisfatório’ na cidade.

O estudo contraria dados divulgados na quinta-feira e atualizados nesta sexta pelo Ministério da Saúde, que colocou a cidade entre os municípios com ‘alerta’ para infestação do mosquito. Veja aqui as informações divulgadas pelo Ministério.

“Conforme dados atualizados pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) o LIRAa (Levantamento de Índices do Aedes aegypti) teve redução de 3,9 para 0,3 entre as pesquisas de fevereiro e maio”, diz a nota da Saúde.

Segundo a secretaria, com o fim da estação das chuvas, principal período de transmissão, já era esperado que o município saísse da classificação de “risco” para o índice “satisfatório”.

“Publicação nesta quinta-feira (07) no site do Ministério da Saúde ainda não considera o LIRAa de maio em Marília. Por isso, o órgão federal ainda traz Marília na lista anterior, com base no dado de fevereiro.”

A saúde diz ainda que a cidade tem 34 casos confirmados de dengue em 2018 (menos de cem nos últimos dois anos) e que independente das classificações, as equipes da Divisão de Zoonoses, Vigilância Epidemiológica e demais programas da Secretaria Municipal da Saúde, veem sem alarde as elevações e com cautela as reduções no resultado.

“O LIRAa é um importante indicador, mas como o ciclo de vida do mosquito é muito curto, esse cenário pode se alterar muito rapidamente. Por isso o levantamento é uma diretriz para as nossas ações, mas não a única”, explica Rafael Colombo, supervisor de Saúde.

A enfermeira Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora da Vigilância Epidemiológica, explica que existem também outros critérios para nortear as ações, como a transmissão da doença (que em Marília está baixa).

“A vigilância, inclusive com a busca ativa de sintomáticos, tem que permanecer mesmo nas estações mais frias, quando há tendência de redução dos novos casos. Mantendo o controle agora, chegaremos às estações sazonais para estas doenças com mais segurança”, declarou.

AÇÕES

Marília trabalha com equipes próprias, formadas por ACSs (Agentes Comunitários de Saúde), ACEs (Agentes de Controle de Endemias) e ACZs (Agentes de Controle de Zoonoses), que realizam, conforme a atribuição de cada cargo, visitas domiciliares, vistoria nos imóveis e bloqueios de criadouros e bloqueios de nebulização.

O município conta ainda com contrato de prestação de serviço de empresa especializada, que reforça as ações dos servidores. O trabalho é feito, inclusive, aos sábados, conforme as necessidades apontadas pelo planejamento da pasta.

Além disso, estão sendo convocados pela Prefeitura, em caráter efetivo, 85 ACSs e nove Supervisores de Saúde aprovados em concurso público. Os servidores ocuparão vagas que estavam preenchidas em processo seletivo, o que agora, reforçará a segurança e vínculo junto ao município.