Marília

Funcionários aprovam greve na Famema; falta decisão do sindicato

Funcionários aprovam greve na Famema; falta decisão do sindicato

Um ato unificado com representantes da Associação de Funcionários e do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde aprovou na tarde dessa terça-feira uma proposta de paralisação nas atividades dos hospitais do Complexo Famema em pressão por reajuste salarial. O encontro reuniu aproximadamente 120 trabalhadores, segundo avaliação da associação.

O encontro terminou com uma divisão sobre a interpretação do encontro e apesar de a Associação considerar a greve aprovada, a formalização depende de o Sindicato adotar medidas jurídicas.

Segundo a associação, o dirigente da entidade, Aristeu Carriel, mostrou divergências com a orientação do encontro por considerar que seria preciso ter mais decisões com maior número de representantes envolvidos. Carriel não foi encontrado para falar sobre a decisão.

Para cumprir trâmite lehgal, o Sindicato precisa notificar o Complexo Famema e avisar que os trabalhadores iniciaram estado de greve. Passadas 72 horas do aviso a paralisação poderia ser iniciada, com ajustes de quantidade mínima de funcionários nos serviços essenciais. A preocupação é que a falta de adesão dos funcionários ameace julgamento da greve pela Justiça do Trabalho. Caso o Sindicato não oficialize a proposta de greve, a associação deve adotar algumas manifestações públicas sobre a campanha salarial.

A categoria pede reajuste salarial de 15% com justificativa de repor perdas acumuladas desde 2015, quando foi concedido o último reajuste. Em abril deste ano o governo do Estado anunciou um reajuste de 3,5%, que acompanhou índice oficial da maior parte do funcionalismo estadual.

Além da questão salarial, a associação dos funcionários aponta outras cláusulas, como melhoria nas condições gerais de trabalho.

O Complexo Famema envolve aproximadamente 2.500 trabalhadores entres três hospitais, ambulatórios, hemocentro, centros de especialidades e as faculdades de medicina e enfermagem.

Toda a estrutura é gerenciada por duas fundações e vinculada a duas secretarias estaduais – da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento-. Um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público investiga acusação de subfinanciamento, com acusação de repasses estaduais abaixo das necessidades do complexo.