A proposta de greve no Complexo Famema, aprovada nesta terça-feira em assembleia com aproximadamente 120 trabalhadores, não está formalizada mas já repercute na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Carlos Gianazzi fez pronunciamento no legislativo do Estado para criticar a falta de investimentos e reajustes na instituição, mantida por duas
Gianazzi é o responsável por uma representação que provocou a abertura de um inquérito civil para investigar subfinanciamento da Famema pelo governo do Estado. A greve na Famema foi aprovada em uma assembleia unificada da Associação de Funcionários e do Sinsaúde.
Mas após o encontro houve um racha entre as duas entidades e o sindicato pode não seguir a decisão da assembleia por considerar que havia poucos trabalhadores na votação. O Complexo tem 2.500 funcionários, que atuam em diferentes setores e diferentes horários. Garantir maior representação dependeria pelo menos de assembleias setorizadas.
A Famema não recebeu qualquer manifestação oficial dos empregados e por isso não vai se manifestar. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 15% para repor perda acumulada desde 2015. O governo do Estado pagou 3,5% neste ano após quase quatro anos sem reajuste.
“Há muitos anos a data base não é respeitada e quando é respeitada não atende minimamente as reivindicações dos servidores”, disse o deputado Gianazzi na tribuna da assembleia.
Ele lembrou que a proposta de um estatuto da autarquia está parada no governo, assim como a decisão sobre a incorporação por uma universidade, que é prevista em lei estadual. “O governo esta violando uma lei estadual fruto de um projeto que ele mesmo encaminhou.”
Ainda segundo o deputado, em alguns casos os trabalhadores recebem salários base de até R$ 420, que acabam complementados por gratificações e benefícios. “Isso é um absurdo total, inferior ao salário mínimo”.