Marília

Juíza bloqueia verba do sindicato dos servidores para eleição na entidade

Polícia na porta do Sindicato durante tumulto no registro de chapas para eleição
Polícia na porta do Sindicato durante tumulto no registro de chapas para eleição

A juíza Paula Jacqueline Bredariol de Oliveira, da 1ª Vara Cível de Marília, determinou o bloqueio de R$ 9.105 dos recursos que a Prefeitura de Marília repassa todos os meses para o Sindicato dos Servidores Municipais como forma de permitir financiamento das eleições para a diretoria da entidade, que virou uma briga judicial.

Em medida liminar, a juíza determinou que a Prefeitura deposite em uma conta da Justiça o valor do repasse mensal e que o sindicato seja autorizado a levantar os recursos depois de descontados os valores para o financiamento do processo eleitoral da categoria.

A medida atende um pedido do servidor Osvaldo Emídio, candidato pela Chapa 4, de oposição, que já havia conseguido ordem judicial para suspender a eleição e para obrigar a atual direção do sindicato a montar uma comissão eleitoral de acordo com as previsões do regimento da instituição, com participação de todas as chapas.

Em função das medidas, o próprio Osvaldo acabou indicado presidente da comissão e responsável pela organização ao do processo. A eleição chegou a ser iniciada e registrou tumultos, como desvio de urnas e acusações de agressões e ameaças a opositores.

A Prefeitura de Marília informou nesta sexta-feira que foi notificada sobre a ordem judicial e que “está tomando as medidas para cumprimento da medida”; O servidor havia pedido o bloqueio dos repasses, mas a juíza negou com a justificativa de que os recursos devem ser liberados para manter obrigações do sindicato, como custos de luz, telefone e outras despesas de manutenção

Segundo a ação judicial, o Sindicato recebe todos os meses em torno de R$ 21 mil de repasses da prefeitura.

“Evidente que haverá necessidade de realizar-se outra e há justo receio do autor de não lograr êxito em realizá-la se não houver recursos financeiros para tanto, em virtude dos obstáculos que a atual Diretoria do Sindimmar, ao que tudo indica, vem colocando”, disse a juíza na decisão.

A partir do bloqueio e repasse dos recursos, a Comissão Eleitoral agora deve promover um encontro para discutir a organização da eleição na eitdade. Os gastos incluem a produção das cédulas eleitorais, urnas, postos de votação, atrividade com urnas volantes que vão percorrer serviços públicos e diversos documentos.