O médico Denis César Barros Furtado, de 45 anos, foi preso na tarde de hoje (19) em um centro empresarial na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. A mãe do médico, Maria de Fátima Furtado, também foi presa.
Conhecido como Dr. Bumbum, por causa dos procedimentos estéticos que realizada, Denis Furtado estava foragido sob a acusação de homicídio doloso, porque a paciente Lilian Calixto morreu durante um procedimento estético realizado na cobertura do profissional, na zona oeste do Rio.
Segundo a Polícia Militar informou em seu perfil no Twitter, policiais do setor de inteligência do 31º Batalhão efetuaram a prisão. O médico será encaminhado para a 16ª DP, na Barra da Tijuca.
A delegada da 16ª DP, Adriana Belém, considerou o desfecho satisfatório. Ela disse que a defesa de Denis havia combinado que o médico se apresentaria às 16h, mas policiais militares localizaram seu paradeiro enquanto ele e a mãe ainda estavam no escritório de seu advogado.
“Eles [Denis e a mãe] vão ser ouvidos, recolhidos. Vou cumprir com o que acordei com o advogado e cumprir o mandado de prisão”, disse a delegada. De acordo com Adriana Belém, os dois devem passar a noite na delegacia, porque ainda restam muitos fatos a ser esclarecidos.
O plantão do Tribunal de Justiça decretou ontem (18) a prisão de Denis e de sua mãe, Maria de Fátima, que, embora com o registro de médica desde 2015, teria participado da cirurgia, e da namorada dele, Renata Cirne, que foi levada para o Presídio de Benfica, na zona norte da cidade.
A prisão temporária foi pedida pelos crimes de homicídio doloso duplamente qualificado e associação criminosa. Se for condenado, o médico poderá pegar até 36 anos de prisão.
O Conselho Regional de Medicina anunciou também a cassação do registro do médico. Denis já era alvo de um processo ético-profissional devido a outras irregularidades. Segundo o órgão, os motivos da cassação não podem ser divulgados por “sigilo processual”.
As infrações de Denis Furtado eram investigadas pelo conselho regional do DF desde março de 2016, quando ele foi alvo de interdição cautelar para o exercício da profissão. Essa medida, porém, foi suspensa três meses depois pela Justiça Federal em Brasília.