O Cacam (Centro de Apoio à Criança e Adolescente de Marilia) copletou 26 anos de atividades e celebrou a data em encontro que apresentou resultados do trabalho, mostrou novos investimentos em estrutura e provocou reconhecimento de autoridades, voluntários e representantes de diferentes segmentos da coletividade.
O Centro surgiu da necessidade de oferecer atendimento a crianças vítimas de violência ou abandono na família. É uma casa de passagem, em que as crianças ficam o menor tempo possível, até processo de adequação para reinclusão na família ou adoção.
É um serviço gerenciado e mantido pelo Rotary Club de Marília de Dirceu com gestão de repasses públicos, captação junto à coletividade e trabalho de dirigentes voluntários.
Nos 26 anos, o Cacam mudou de uma sede provisória na rua Pedro de Toledo para um grande prédio da rua Vidal de Negreiros, um imóvel que foi encontrado sucateado, com risco de desabamento do telhado e ganhou diferentes reformas nos anos seguintes.
Hoje oferece acomodações em quartos para até três crianças, com camas e armários planejados, berçário, ventiladores, banheiros com estrutura completa, área de estudo, refeitório, cozinha, lavanderia, campo de futebol, informática, sala de TV e mais.
Recebe crianças encaminhadas pela Justiça ou pelos serviços do Conselho Tutelar e oferece alimentação, roupas, abrigo, orientação psicológica, acompanhamento educacional, suporte para serviços médicos e lazer.
O juiz da Infância e Juventude de Marília, José Roberto Nogueira Nascimento, disse na solenidade que o Cacam é exemplo de serviço público e gratuito com muita qualidade e atribuiu esse sucesso ao apoio da sociedade e gestão do Rotary.
“O Rotary tem melhorado a cada dia essa casa em um modelo de iniciativa da sociedade. O poder público tem o dever legal de orientar mas tudo isso que aqui existe não é ofertado pelo judiciário”, afirmou o juiz.
O empresário Hederaldo Benetti, presidente do Cacam e um dos maiores entusiastas do projeto, agradeceu o apoio dos associados do Marília de Dirceu, todos os outros clubes de Rotary na cidade, o apoio da sociedade e empresas, em especial ao Tauste Ação Social.
“Sem o apoio do Tauste não teria sido possível. O Tauste, seus dirigentes, o Guilherme Cunha (diretor do programa Tauste Ação Social) sempre têm nos apoiado em todos os momentos. Agradeço também à Mirai Motors, que se tornou nos últimos tempos uma importante parceira”, disse.
Rotariano e educador físico, Nelson Tamura foi um dos primeiros dirigentes e em nome de ex-presidentes lembrou as dificuldades e desafios em recuperar o prédio, estruturar o serviço e oferecer qualidade de vida e dignidade a todas as crianças e adolescentes atendidos.
O psicólogo José Maria Gelsi, atual diretor da casa, destacou a dedicação de todos os funcionários e lembrou compromisso em cumprir o dever de abrigo e encaminhamento mas a preocupação em prestar os serviços com atenção, carinho, respeito e inclusão.
O vereador Marcos Rezende falou em nome do poder público e elogiou o trabalho dos voluntários de todos os funcionários e o apoio da sociedade. “Cumprimento a todos pelo trabalkho ne que o Rotary continue desempenhando esse trabalho que é tão importante para a cidade e estas crianças.”
O médico Sérgio Nechar, primeiro presidente da organização e gestor no processo de mudança para o atual prédio, lembrou o começo difícil, falta de recursos e de certidões para obter repasses públicos. “Quando assumimos o prédio precisamos colocar colunas de estrutura para o teto e forro, estava sucateado.
“Recordo uma reunião que eu chamo de ‘reunião homérica’ quando o pessoal não estava suportando tocar o Cacam. Funcionava em uma pequena casa, assoalho caindo. Fizemos reunião com todos os Rotary Clubs, autoridades. Era presidente do Rotary Marília de Dirceu e coube a mim ser o primeiro presidente. O começo foi difícil. Tenho que agradecer a todos os companheiros do Rotary mas dois em especial, o Hederaldo Benetti e o Ruy Padilha, que mostraram muito carinho e dedicação. AGradeço aos outros clubes também, à toda sociedade.”