A partir das 16h30 desta sexta-feira começa o eclipse lunar mais longo do século 21, que deve durar cerca de uma hora e 43 minutos. E uma ação especial do Grupo de Astronomia de Marília vai oferece chance de acompanhar final do processo com telescópios e orientação.
Em quase todo o planeta será possível acompanhar o fenômeno que, geralmente, ocorre duas vezes por ano, com um tempo de duração de 60 a 80 minutos. Em 2015, por exemplo, a cobertura total da Lua durou apenas 12 minutos.
A observação em Marília será feita a partir de 18h ao lado do Espaço Cultural. O Grama vai orientar aiunda observações de Marte, Júpiter, Vênus e Saturno. O grupo pede que as pessoas doem litros de leite longa vida para encaminhamento a entidades.
“Agora a Lua vai atravessar bem no centro da sombra da Terra”, explicou a pesquisadora Josina Nascimento, do Observatório Nacional.
E é por isso que vai demorar mais tempo até que ela volte a aparecer. Mas, no Brasil, essa fase do eclipse não será visível pelo período integral de 104 minutos.
“Toda a parte leste do Brasil vai ver a Lua nascer já durante o eclipse total. Dependendo do lugar, no Rio de Janeiro, por exemplo, a Lua vai nascer 17h26, quando o céu ainda estará claro. Por volta de 18h13, fica mais visível e é quando começa o eclipse parcial [quando a Lua começa a sair da sombra da Terra]”, afirmou.
O eclipse da Lua acontece quando o Sol, Terra e Lua ficam alinhados nesta ordem. O Sol, iluminando a Terra, faz uma sombra no espaço em duas partes: a penumbra, que ainda revela raios do Sol, e a umbra que não recebe qualquer feixe de luz.
“Quando a Lua, caminhando em torno da Terra, penetra totalmente na sombra escura temos o eclipse total”, completou a pesquisadora. O fenômeno completo, que inclui a fase penumbral do eclipse, termina às 20h29.
O show celeste ainda promete a maior visibilidade de planetas que estarão na mesma linha. Marte, sem dúvida, merecerá o destaque por estar, desde o início do ano, em máxima brilhância, se destacando como um ponto vermelho ao lado da Lua.