O coordenador regional da Força Sindical em Marília, Irton Siqueira Torres, deve receber nesta quinta-feira um relatório com toda a situação financeira, contábil, dados de estrutura e compromissos do Sindicato dos Servidores Municipais de Marília.
Um raio-x sobre a situação da entidade é a primeira medida dele como diretor provisório da entidade, nomeado pela Justiça com o fim do mandato da atual diretoria e em meio a um conturbado processo eleitoral.
Irton, que é também presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, disse acreditar que foi nomeado porque o Sindicato dos Servidores é filiado à força. Ele afirmou que pediu na quarta-feira todas as informações e pretende repassar o relatório oficial à justiça.
A intenção, além de entender que medidas precisa tomar na gestão, é deixar documentada a situação da entidade antes de sua posse. Ele também pretende discutir com a juíza Paula Jacqueline Bredariol de Oliveira, responsável pela nomeação, como deve ser sua participação no processo eleitoral.
“Pelas informações na notificação eu fui nomeado administrador provisório por causa do fim de mandato da atual diretoria. Ainda não sei de que forma terei que participar no processo eleitoral e pretendo despachar com a juíza para saber os detalhes”, disse o dirigente.
Irton Siqueira afirmou esperar que seu mandato seja curto, estritamente pelo prazo necessário para que a eleição devolva representantes da categoria ao comando do Sindicato. “Com o sindicato já está tudo muito difícil para o trabalhador de qualquer categoria, sem sindicato fica ainda pior”, disse o administrador.
A nomeação do sindicalista atendeu pedido judicial formulado pelo servidor Osvaldo Emídio, presidente da Comissão Eleitoral e candidato em uma das chapas de oposição.
Por iniciativa dele a Justiça já fez outras intervenções no Sindicato, como mudar a comissão eleitoral, suspender processo de eleição tumultuado por acusações e provocar repasses da entidade para financiar o processo de votação.