Marília

Unimar terá estação para pesquisa de meteoritos e investiga queda em Marília

Encontro na Unimar lança novo projeto para pesquisa de meteoritos – Reprodução/Nipex
Encontro na Unimar lança novo projeto para pesquisa de meteoritos – Reprodução/Nipex

Uma parceria entre a Unimar e o Grama (Grupo Regional de Astronomia de Marília) vai instalar na universidade uma estação de observação e acompanhamento de meteoritos. A ideia é criar um programa de estágio para que os alunos da universidade possam aprender as ferramentas de processamento de dados e imagens de meteoros.

O projeto aproveita o fascínio pela astronomia e o conhecimento gerado pela pesquisa vai permitir melhor entendimento sobre o ambiente espacial próximo à Terra e a dinâmica do material particulado.

A estação permitirá obter dados sobre eventos meteorológicos de alta atmosfera ainda pouco conhecidos. Será organizada em parceria com a Bramon, sigla em inglês para A Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros.

Mantida por voluntários e colaboradores, a rede produz e fornece dados à comunidade científica através da análise de imagens capturadas por câmeras de segurança. As imagens são então processadas por um software específico e enviadas para o banco de dados da rede. Atualmente a BRAMON conta com 76 operadores e 110 estações em 20 estados brasileiros.

Além da importância científica, a estação pode ser usada para o ensino e aprendizado de diversos conceitos ligados a astronomia, matemática (estatística e geometria), física (dinâmica orbital e interação com a atmosfera), química (análise espectral dos meteoros), meteorologia, programação, entre outros.

A parceria já deu espaço a outro projeto, que vai resgatar a história da queda de um meteorito em Marília ha 47 anos. O material se dividiu em sete partes e o objetivo é em resgatar os locais de queda para colocar monumentos de identificação dos locais com placas de histórico sobre a queda. Participam do projeto alunos da Unimar e tem como orientadores a coordenadora do Nipex (Núcleo Integrado de Pesquisa e Extensão), Walkíria Martinez Heinrich Ferrer, o pesquisador da Nasa e dirigente do Grama, Ivan Gláucio Paulino, e os docentes Heloisa Helou Doca e Rafael de Lazari.

Segundo pesquisador Ivan Paulino, agências governamentais como a Nasa possuem programas de monitoramento de asteroides que possam oferecer riscos de colisão com o planeta Terra.

“Mas para um entendimento mais completo sobre a dinâmica do material interplanetário, é necessária uma amostragem mais ampla que inclua os meteoros. Para isso, redes de estações de monitoramento de meteoros existem em diversas partes do mundo. “