A promessa de um megaconcurso criou uma onda de insegurança no Hospital das Clínicas em Marília: funcionários com muitos anos de casa temem desemprego e para agravar faltam informações sobre a forma de transição e contratação.
O concurso deve provocar 1751 contratações entre o HC e os docentes da Famema. Mas não há sequer previsão de prazo para que sejam divulgados editais.
A direção do complexo já informou que eles devem ser lançados de forma escalonada e que as contratações devem ser feitassem quatro anos.
Ainda assim, as informações iniciais indicam que os trabalhadores terão que fazer as provas e passar para seguir nas vagas.
Segundo a Associação dos Funcionários, a última manifestação oficial de meses atrás não indicava risco de demissões, mas também não apresentou detalhes de qual seria a solução administrativa.
É uma situação que envolve diferentes níveis de preocupação, que vão desde o medo de perder emprego após muitos anos e sem previsão de outras vagas até indefinição para funcionários que são concursados pela Fumes, uma fundação municipal criada no final de 1966 para viabilizar a instituição.
O medo, como a confusão, é resultado desde52 anos de baderna administrativa que não foi resolvida pela estadualização da faculdade, em 1994, e nem pela criação das autarquias Famema e HC-Famema.
Os pouco mais de 2.000 trabalhadores são contratados por duas diferentes fundações- uma municipal e uma privada – e mesmo os quase 600 trabalhadores com salários vinculados ao governo do Estado não têm status ou contratação como servidores efetivos.