Levantar peso e comer frango com batata doce. Se você acha que ser bodybuilder se restringe a isso, saiba que está completamente enganado. A alimentação regrada e a musculação intensa são apenas a base da montanha de outras tantas coisas que fazemos diariamente para chegar ao auge da forma física.
O fisiculturismo não é só um esporte. Para nós praticantes, é um estilo de vida apaixonante, embora solitário, que exige disciplina e dedicação em tempo integral. Abdicamos da vida social e da convivência em família para seguir à risca a trilogia essencial do sucesso: dieta, treino e descanso.
Acordamos todos os dias obstinados a evoluir e fazemos o que deve ser feito, sem erros, sem desculpas, independente do cansaço, das circunstâncias ou da dor (que, aliás, é parte inseparável do processo), o que a lenda do bodybuilding, Arnold Schwarzenegger, definiu como “rotina de tortura”. É ela que nos mantém motivados e felizes, porque somos movidos a desafios.
Treinamos exaustivamente não só musculação, mas também as poses da apresentação para os árbitros. Comemos sem vontade na fase de hipertrofia e passamos fome no período de definição muscular. Encaramos estratégias que envolvem zerar sódio, carboidrato e até mesmo cortar água, levando o corpo e a mente ao limite do esforço.
Muitos talvez nos enxerguem como loucos, masoquistas, cultuadores de corpos sarados que passam boa parte do tempo com cara de poucos amigos. Mas, para nós, todo empenho e renúncia se justificam quando estamos em cima do palco e desfrutamos da indescritível sensação de superar limites e erguer um troféu de campeão.
Ainda que tentemos explicar o fascínio desse esporte e sua capacidade transformadora, ele só é plenamente compreendido por aqueles que têm a sorte de vivenciá-lo.
Feliz dia do fisiculturismo!