Marília

Movimento para cortar vereadores quer mais eleitores na Câmara

Movimento para cortar vereadores quer mais eleitores na Câmara

Um manifesto divulgado pela organização Matra (Marília Transparente) nesta terça, menos de 24h depois de a Câmara adiar a votação do projeto de lei para reduzir o número de vereadores, defende a ampliação do movimento em defesa da proposta e pede maior participação de eleitores na próxima sessão.

“Os marilienses viram ontem à noite na Câmara Municipal foi uma clara demonstração do quanto a participação efetiva da sociedade é fundamental para que os anseios da população sejam atendidos”, diz o manifesto divulgado no site da entidade.

O documento lembra que a proposta para reduzir o número de vereadores tem apoio de 35 entidades de Marília mas que o movimento continua até a votação e tem que ser fortalecido.

“O movimento pacífico que já ganhou as ruas de Marília não será vencido pelo cansaço, pelo contrário, o que esperamos nas próximas sessões do Legislativo, é mais pessoas engajadas.”

O manifesto nega também que a participação seja uma forma de pressão sobre os vereadores “não é pressão, até porque os políticos estão acostumados com isso” e diz que o movimento é de diálogo para  demonstração de insatisfação, de interesse e responsabilidade com a gestão do dinheiro público.

A Matra diz ainda que a mobilização mostrou efeitos ‘imediatamente’ pela retirada da pauta do projeto que pretendia aumentar de R$ 6.700,00 para R$ 9.300,00 o valor do subsídio mensal pago a vereadores para o mandato de 2021.

O projeto de lei 01 de 2018 prevê a redução do número de vereadores de 21 para 13. O número de parlamentares está definido na Lei Orgânica, mas sua aplicação foi suspensa por uma liminar judicial, derrubada pelo Tribunal de Justiça. A medida foi adiada para a eleição de 2020, que terá mandatos a partir de 2021.

Veja abaixo a íntegra do comunicado da Matra

O que os marilienses viram ontem à noite na Câmara Municipal foi uma clara demonstração do quanto a participação efetiva da sociedade é fundamental para que os anseios da população sejam atendidos e de fato representados pelos vereadores, que são os responsáveis pelas decisões políticas no âmbito Legislativo.

A presença no plenário de mais de uma centena de pessoas de diversos setores da sociedade, representantes de bairros, sindicatos, associações, Maçonaria, OAB, movimentos sociais e demais pessoas que simplesmente acompanharam pelas redes sociais a mobilização e fizeram questão de ir até à Câmara demonstrar a sua insatisfação pessoal com a proposta de AUMENTO DE SALÁRIO para vereador, ou a resistência de alguns parlamentares em aprovarem a REDUÇÃO do número de vereadores na Câmara – ambas medidas que representarão economia efetiva de DINHEIRO PÚBLICO, pode ser considerada um ato de civismo (dedicação e fidelidade ao INTERESSE PÚBLICO), cujos efeitos foram sentidos imediatamente: primeiro pela retirada da pauta do projeto que pretendia aumentar de R$ 6.700,00 para R$ 9.300,00 (em valores arredondados) o valor do subsídio (pagamento) dos vereadores, o que dá mais tempo para a própria sociedade discutir e refletir sobre o projeto; E segundo pelo adiamento na votação do projeto de redução para 13 vereadores, diante do pedido de vista feito pela Vereadora Daniela que, na prática, também representa mais tempo para toda a sociedade se mobilizar e mostrar para os seus representantes (os vereadores) o que de fato quer. O movimento que começou modesto com a Matra (Marília Transparente) lá atrás, em 2012, nunca esteve tão fortalecido e agora conta com o apoio e a PARCERIA de mais de 35 entidades representativas da POPULAÇÃO.

Isso não pode e certamente não será ignorado pelos vereadores. A presença marcante da sociedade no plenário foi fundamental para as decisões tomadas durante a sessão da última segunda-feira (05/11), mas o movimento continua e tem que se fortalecer ainda mais. Não é pressão, até porque os políticos estão acostumados com isso. É, acima de tudo, diálogo, demonstração de insatisfação, de interesse e responsabilidade com a gestão do dinheiro público, fruto dos impostos pagos por cada cidadão, que como tal, tem todo o direito (aliás o dever), de se manifestar e ser ouvido por quem o representa. Isso é cidadania!

O movimento pacífico que já ganhou as ruas de Marília não será vencido pelo cansaço, pelo contrário, o que esperamos nas próximas sessões do Legislativo, é mais pessoas engajadas em AJUDAR OS VEREADORES ELEITOS A TOMAREM AS MELHORES DECISÕES EM BENEFÍCIO DE TODOS. Quando se trata de aplicação de recursos públicos os interesses individuais ou partidários jamais poderão se sobressair ao INTERESSE PÚBLICO. E o povo (que é quem elege os vereadores) quer 13 vereadores na Câmara de Marília.”