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Bruno Graveto, do Charlie Brown, toca em Marília e divulga trabalho

Bruno Graveto, do Charlie Brown, toca em Marília e divulga trabalho

Bruno Graveto, 36 anos, conhecido no cenário do rock como o baterista da banda Charlie Brown Jr reencontrou Marília neste sábado para um show com a banda local Roqueclube 22 e mostrou que a carreira segue em ritmo acelerado e muitos projetos.

Baterista da banda Strike desde a extinção do Charlie Brown, em 2013, Bruno está correndo o país em apresentações com bandas cover, conhecendo músicos, saudando o legado do Charlie Brown Jr e criando uma rede de contatos.

Graveto é o segundo músico de expressão internacional e tocar na cidade com a banda Roqueclube, que já trouxe Ricardo Japinha, baterista da banda CPM 22 para um show, também no Berlim.

A banda já prepara novidades e em 2019 prevê novas participações especiais na cidade. Já está em contato com a Angra e prevê parcerias.

Baterista desde os 12 anos, quando começou a estudar, Bruno Graveto viu a paixão pela música decolar quando ganhou apoio de uma banda do bairros, ‘aquelas que ensaiavam em casa mesmo’, em Santos.

Chegou ao Charlie Brown em 2008, a tempo de participar na gravação do premiado ‘Camisa 10 joga bola até na chuva’ e em muitos shows, incluindo Marília.

O show terminou no início da madrugada deste sábado. Estrada, descanso e pouco depois das 15h estavam todos no Berlin Whiskeria para passar o som. E Bruno atendeu o Giro Marília para falar da carreira, trabalho e de música.

Giro Marília – Você reencontra Marília com bandas locais, como é este projeto?

Bruno Graveto – Esse é um dos projetos que eu estou fazendo. Toco com o Strike há cinco anos, tenho o projeto Somos Todos Charlie Brown, onde a gente junta músicos convidados para shows pontuais e esse projeto eu gosto por dois motivos principais: matar saudade de Charlie Brown e conhecer novos locais e novos músicos.

Foi o que aconteceu com o Roqueclube, tocamos ontem em Botucatu, hoje tem Marília. Final de semana passado toquei no sul. Gosto, a gente se fala muito, troca informação.

GM – E o que você toca nestes shows?

BGraveto – Esse projeto é em cima do Charlie Brown. Embora toque outras coisas, 60% é em cima de Charlie Brown.

GM – O Charlie Brown era banda com muita personalidade. Como é para você sem Charlie Brown hoje? Você se sente preso à banda?

BGraveto – Charlie Brown foi como uma faculdade, uma pós, um doutorado pela personalidade própria. Sempre tive carta branca para compor, trabalhar, tocar e com isso fui agregando minha personalidade. Mas estou no Strike há cinco anos e sou o Graveto do Charlie Brown, é um sobrenome que eu sinto orgulho em carregar. Não me sinto preso, tenho meu estilo, mas é bom levar o nome adiante.

GM – A intensidade que sempre foi marca do Charlie Brown, está no seu trabalho ainda?

BGraveto – A paixão, ser 100% dedicado ao que for fazer: gravar, tocar, essa intensidade visceral eu acho que está bem impressa em mim.

GM – E como você vê o cenário do rock no país?

BGraveto – Vejo uma melhoria, como se a cena estivesse pondo a cabeça para fora da água. Em 2016 eu achei que atravessamos uma fase ruimmas para 2019 eu vejo bastante gente interessada na cena do rock, tocar em banda. E isso é muito bom, vai dar movimentada até para as grandes mídias.

GM – E espaço para as bandas? Como se pensa em banda nos tempos do streaming?

BGraveto – Você não vai mais ganhar dinheiro com gravadora, nem com disco físico, esquece. Vai ter que fazer trabalho bem feito e amarrado para se apresentar e linkar nas plataformas digitais.  Mesmo ganhando um pouco menos vale a pena, tijolinho por tijolinho você constrói.

GM – O que você diria a quem está começando a tocar?

BGraveto – Eu peço para ele paciência, muito estudo no começo e vontade. Mergulha de cabeça porque o mercado está aberto para isso. Mas mergulha, não faz meia boca não porque não vale a pena.