O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, propôs hoje (28) a celebração de um pacto entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário que tenha como “absoluta prioridade” as reformas da Previdência, tributária e fiscal , além do cenário da segurança pública no país.
“Temos que assumir as nossas responsabilidades. Parar de esperar tudo de um representante eleito, de um líder ou de uma autoridade constituída. Precisamos nos organizar para a resolução dos nossos problemas”, disse o ministro, que é de Marília.
Para Toffoli, a sociedade brasileira, por meio de organizações e lideranças, também é responsável pela solução de seus conflitos.
“E não só o Estado. Muito menos, exclusivamente, o Poder Judiciário. Não podemos ficar presos àquele passado de uma sociedade escravocrata em que o Estado surgiu antes da sociedade civil. Nós já formamos uma sociedade civil pujante e forte. Somos um país com uma sociedade combativa, engajada politicamente e ciente de seus direitos.”
Durante a abertura do seminário AGU – 30 anos da Constituição, na Advocacia-Geral da União, o presidente do STF disse que o país necessita de uma reforma da Previdência para fazer frente ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros, além de uma reforma que promova “simplicidade e eficiência” no sistema tributário e no sistema fiscal.
“É essencial a celebração de um pacto federativo, evitando que estados e municípios cheguem a um quadro insustentável de inadimplência”, reforçou.
Ainda em meio ao encontro, Toffoli considerou “premente” uma ampliação de esforços, em âmbito nacional, em relação à segurança pública, sobretudo no que diz respeito ao combate ao crime organizado, à crise no sistema carcerário e ao aumento da violência.