O número de acidentes com animais peçonhentos cresceu 23% na região de Marília entre 2017 e 2018 e a Secretaria Municipal da Saúde reforçou a orientação na rede de atendimento para o encaminhamento dos casos.
Um informe divulgado pelo departamento de Vigilância Epidemiológica reforçou orientação sobre o chamado fluxo, ou seja, quais serviços devem ser procurados, em caso de acidentes com animais peçonhentos. O atendimento de adultos deve ser feito diretamente no HC (Hospital das Clínicas) e o de crianças no HMI (Hospital Materno Infantil).
Em toda a região foram registrados até o dia 6 de novembro 1060 casos de acidentes com animais, o que inclui cobras, aranhas, escorpiões, abelhas e lagartas. Em 2017 foram 861 casos na região.
O número de ataques por escorpiões na região cresceu um pouco mais que a média geral: 24,79%. Foram 775 casos neste ano em toda a região de Marília contra 621 do ano passado. Os ataques por escorpiões criam maior repercussão em função de ocorrências graves, com óbitos, em cidades próximas, como Cabrália.
Marília concentrou quase 10¨% destes casos, com 75 ataques de escorpião, dos quais 52 foram leves, dez moderados e cinco não tiveram descrição de gravidade.
A cidade teve ainda nove acidentes com serpentes, 35 com aranhas, e 35 com abelhas.
Segundo a orientação geral da saúde, as unidades básicas vão manter o atendimento, mas precisam estar prontas para o encaminhamento, já que os dois hospitais referenciados estão supridos com soros contra picada de serpentes, escorpião, aranha e outros peçonhentos.
Alessandra Arrigoni Mosquini, enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, afirma que o fluxo já existia, mas que a divulgação está sendo reforçada. Há registros de acidentes em várias cidades do Estado, inclusive de óbitos.
“É importante reforçar, inclusive para os profissionais de saúde, que em caso de picadas de animais peçonhentos não há necessidade sequer de um encaminhamento. As pessoas devem ser conduzidas diretamente aos hospitais de referência”, reforçou.
Fatores como clima, ocupação desordenada das cidades e acumulo de resíduos em terrenos são apontados como causas para o aumento da localização destes animais, próximos às pessoas.
Em caso de acidente, o Samu (192) ou o Corpo de Bombeiros (193) podem ser acionados para primeiros socorros e transporte até o hospital. Não é preciso levar o animal que causou o acidente. Porém, quando possível, a identificação pode favorecer o atendimento.
Veja abaixo números de casos em Marília e outras regiões