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Nova fase da Lava Jato chega a Araçatuba e investiga grupo Estre

Nova fase da Lava Jato chega a Araçatuba e investiga grupo Estre

A 59ª fase da Operação Lavagem realizou buscas, apreensões e pisões nesta quinta-feira com ações no Paranä, em São Paulo e Araçatuba (150km de Marília).

O alvo é a apuração de pagamentos de propina em contratos de serviços na área ambiental, reabilitação de dutos e construção naval da Transpetro. São 36 contratos que totalizaram, entre 2008 e 2017 pelo menos R$ 682 milhões, assim como pagamentos ilícitos superiores a R$ 22 milhões, segundo a Lava Jato.

A operação prendeu o  ex-presidente de empresas do Grupo Estre Wilson Quintella Filho e o advogado e ex-executivo do grupo Mauro de Morais.

Gigante na área de serviços de limpeza pública, o grupo Estre tenta desde 2018 consolidar uma proposta de compra da Monte Azul, que até dezembro realizava serviços de coleta e destinação do lixo de Marília. A venda chegou a ser anunciada.

As investigações, segundo o Ministério Público Federal (MPF), miram o pagamento de propinas pelo Grupo Estre para obter os contratos.

Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, indicado e mantido no cargo pelo então PMDB, que celebrou acordo de colaboração com o MPF, denunciou os pagamentos.

Ele revelou que ajustou com Wilson Quintella o pagamento de propinas de pelo menos 1% dos contratos firmados pelo Grupo Estre (Estre Ambiental, Pollydutos e Estaleiro Rio Tietê) com a estatal.

Segundo a denúncia, as propinas foram pagas por Wilson Quintella em espécie a Sérgio Machado e seus emissários, mediante sucessivas operações de lavagem de dinheiro.