Marília

Juiz de Marília nega liminar em acusação de preconceito contra editora Abril

Juiz de Marília nega liminar em acusação de preconceito contra editora Abril

O juiz Luís Augusto da Silva Campoy, do Juizado especial Cível de Marília, rejeitou o pedido de decisão liminar para suspender uma publicação da revista Exame, publicada pelo grupo Abril, acusada de preconceito racial por um advogado de Marília.

A ação, protocolada nesta quinta-feira, é assinada pelo advogado Henrique Fernandez Neto como representante do também advogado Fabrício Dalla Torre Garcia, que é negro e que em diferentes situações usa sua atuação profissional e pessoal no combate ao preconceito, inclusive com colaboração ao Giro Marília – leia aqui -.

Pede indenização coletiva por danos morais e acusa a revista de mensagem preconceituosa na relação entre negros e falta de segundo idioma na oferta de estágios pelo Google. O advogado pedia ainda ordem imediata para cessar a veiculação da notícia na internet e redes sociais.

“Porém, no caso e neste momento, entendo que não é o caso de conceder a antecipação da tutela, pois se trata de publicação genérica, sem indicação ofensiva direta, mas informativa; além do que, eventual avaliação individual pode caracterizar censura”, diz o juiz em sua decisão.

Campoy marcou para o dia 20 de março uma audiência para eventual conciliação entre as partes.

O texto que provocou a ação foi divulgado pela revista em sua página da internet no dia 30, quarta-feira. A publicação acabou repetida em diversos órgãos de comunicação, com o título “com foco em negros, Google lança pela 1ª vez estágio sem exigir inglês”.

Acesse a íntegra da decisão sobre o pedido