O Educandário Bento de Abreu Sampaio Vidal, fundado em 1957, vai adiar o início das aulas e começa 2019 com incertezas sobre a continuidade dos serviços prestados há quase 62 anos em Marília. O motivo: cortes de suporte da prefeitura.
Em um comunicado nas redes sociais, a entidade informou que a Prefeitura vai promover um novo chamamento público para as entidades de atendimento na área de educação – sem data definida – e que até lá não renovou serviços de transporte e cessão de profissionais, como cozinheiras.
É a segunda entidade tradicional da cidade a comprometer atendimento por problemas na regulamentação dos serviços com a prefeitura. A Juventude Criativa – antiga Juventude Católica – já derrubou o número de atendidos por causa dos cortes.
Segundo o comunicado, a prefeitura argumenta que não pode ceder servidores e nem transporte até que o chamamento esteja concluído. As aulas deveriam começar na próxima segunda, dia 4, mas foram adiadas ‘por tempo indeterminado’.
Ainda de acordo com o comunicado, a direção do Educandário vai decidir “após análise dos requisitos” se vai participar do chamamento e caso desista não vai receber os serviços públicos durante o ano.
O Educandário atende com sistema de contraturno escolar. Oferece suporte para tarefas, atividades físicas e alimentação para crianças das zonas norte e sul da cidade.
O serviço já chegou a 150 crianças enquanto a entidade funcionou em prédio ao lado da Santa Casa, onde mantinha oficina de carpintaria e outras atividades. Mas a área pertence ao hospital, que requisitou o espaço para implantação de novos serviços.
A entidade funciona hoje na sede do Patronato com suporte da Sociedade São Vicente, trabalho de voluntários e apoio de empresas.
“A equipe do Educandário, constituída de Diretor, Monitores, Secretaria e Voluntários, se encontra à disposição para o trabalho a qualquer momento que for possível”, diz o comunicado.