Vai ter futebol, almoço com ação social, jantar para idosos e muito mais. A chácara O Circo abriu seu campeonato oficial neste domingo com direito a benção especial, jogo dos teimosinhos e a divulgação de um calendário de ações que inclui programação até o final do ano.
Além das atividades internas, o Circo faz no primeiro semestre a entrega do Troféu Marina Betti Cézar em reconhecimento a uma personalidade envolvida com atendimento social em Marília.
No segundo semestre acontecem duas grandes ações: o Almoço do Circo, que chega à 12ª edição e distribui recursos a mais de dez entidades, e o encontro no Asilo São Vicente, em que o gruo cozinha, canta, dança e entretém os idosos.
Valdyr, Totó, Dito Bola e Pedro Pavão na abertura da temporada do Circo
A abertura do campeonato contou com presenças especiais, como a do aposentado Antonio Idevalder Costa, o Totó, um dos fundadores do grupo, que em 2019 completa 90 anos de idade.
César e Alessandro Cézar, filhos do casal Valdyr e Marina Betti Cezar, patronos do ano, não puderam estar mas foram lembrados e já ‘decoraram’ o salão com grande foto com roupas de palhaço em um dos desfiles do carnaval.
O padre Carlão, pároco da Sagrada Família e orientador religioso do grupo, esteve lá para uma benção especial com mensagem de motivação para as competições mas também para a integração e trabalho social.
A abertura do campeonato também apresentou novos integrantes da chácara para o ano e reforçou programa de renovação da equipe, uma das metas para manter viva a proposta de trabalho do grupo.
Na quinta-feira, antes da rodada, os ‘palhaços’ se reuniram no Paiol Petiscaria para comemorar os 50 anos da chácara.
Confira dez curiosidades sobre O Circo e sua história com a Marília:
– Nas décadas de 70 e 80, quando faltavam espaços para eventos e almoços com autoridades e artistas na cidade, a chácara foi usada para abrigar os encontros. Passaram por lá governadores, políticos e esportistas de diferentes linhas de atuação;
– Fagner e Tom Zé também passaram pela chácara durante visitas a Marília para shows. Fagner inclusive participou de uma pelada com o grupo
– A Traditional Jazz Band, que fez grande show no Teatro Municipal na década de 80, precisou esperar algumas horas em Marília pelo voo de retorno e foi ao Circo gastar o tempo, ganhar almoço especial e de quebra fazer apresentação
– Uma piada tradicional trata de discursos de autoridades e candidatos que conseguem participações especiais no grupo. Diz a lenda que quem fala muito recebe um molho de chaves nos pés, sinal para que feche a porta quando terminar de falar e todos já tiverem saído;
– A escala dos atletas e os resultados das rodadas definem quem vai apitar, buscar bola, cuidar da cozinha e até cuidar do vestiário. Todos trabalham;
– Caipirinhas são servidas todos os domingos, mas só depois das 10h, após todo protocolo e primeiros jogos do dia;
– Os encontros semanais começam cedo, com bom café da manhã, e além dos drinks envolvem almoço. Tudo custeado pelas mensalidades. Lucro com eventos como carnaval e outras promoções são integralmente destinados a ações sociais;
– O ‘torresmo à milanesa’, que todos os anos abre a programação anual do Circo, nasceu de uma brincadeira para um encontro em uma quinta-feira, fez tanto sucesso que virou tradição e ganhou o nome em homenagem à comemoração dos cem anos do cantor e compositor Adoniram Barbosa;
– Antes de criar a chácara, Valdyr Cezar atuava com futebol de várzea na cidade e durante alguns anos, já com grupo formado, atuou com a diretoria do MAC (Marília Atlético Clube), inclusive em viagens e partidas polêmicas do clube;
– Os Teimosinhos, atletas com mais de 60 anos ou cem quilos, fazem jogos mais curtos, com dez minutos para cada tempo. Alguns dos atletas, como os bancários aposentados Paulo Ramiro e Pedro Magalhães, também disputam a competição principal.