Os acadêmicos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) da Universidade de Marília (Unimar) serão os responsáveis pela supervisão da Estação de Monitoramento de Meteoros, instalada no campus em parceria com a Brazilian Meteor Observatoin Network (BRAMON) e Grupo Regional de Astronomia de Marília (GRAMA).
O posto de observação foi instalado há 15 dias e registrou meteoros entre as estações Unimar e a RCP2, localizada na cidade de Nhandeara, no interior de São Paulo. O monitoramento tem a finalidade de criar uma rede e fornecer os dados científicos captados à comunidade astronômica. A Estação faz parte das 137 instaladas em 20 estados brasileiros.
Segundo o pesquisador da NASA e presidente do Grama, Ivan Glaucio Paulino, é uma grande satisfação contribuir com os estudos acadêmicos na cidade de Marília e ter como parceiro a Unimar.
“É um projeto de relevância internacional e trazer para a cidade e para a Universidade é motivo gratificante, porque iremos incentivar aos acadêmicos e marilienses ao estudo da astronomia”, comemora Ivan.
Ainda segundo Ivan, a estação vai proporcionar novas descobertas. “Por meio da análise de dados, poderemos entender a dinâmica dos meteoros nesta região e, eventualmente, até ser capaz de encontrar o local da queda. Com isso, triangularemos o ponto do meteorito no espaço”, afirma o pesquisados da Nasa.
O operador da Bramon, Renato Cássio Poltronieri, ressalta que esta estação também irá contribuir com o descobrimento de chuvas de meteoros desconhecidas. A estação é composta por uma câmera e software que captam as movimentações do céu. O equipamento possui alcance de 300 quilômetros e vai monitorar principalmente os meteoros que não conhecemos, chamados de esporádicos. O objetivo é a identificação e o estudo”, explica Renato.
De acordo com o Coordenador do Curso de ADS, Adriano Nakamura, a oportunidade de estágio para a Estação de Monitoramento foi concorrida. “O assunto desperta interesse, principalmente para quem estuda tecnologia. Nós, a princípio, disponibilizamos uma vaga e muitos alunos se candidataram. Optamos por um acadêmico que está chegando a Universidade, para acompanhar o desenvolvimento de projeto mais profundamente”, conta Adriano.
O acadêmico escolhido foi Osmar Barquilha Amiranda Filho. Para ele, atuar nesta estação contribuirá com o desenvolvimento profissional. “É uma atuação muito importante e fazer parte do projeto, ainda mais quando se estuda tecnologia, é um grande sonho. Poder conhecer este software e ter a vivência de sua operação é uma forma de conquistar ainda mais o mercado de trabalho”, comemora Osmar.
Adriano Nakamura ressalta ainda, que esta Estação de Monitoramento de Meteoros servirá também para estimular os acadêmicos à pesquisa. “Através desta coleta de dados enviaremos ao centro de pesquisa e cruzaremos, junto a Brasmon, estas informações e futuramente podemos transformar em projetos, instigando a “veia” de pesquisadores de nossos acadêmicos”, conclui Adriano.