Ataliba Monteiro de Moraes Filho, mariliense transferido para Araçatuba para trabalhar como servidor público do Ministério Público Estadual, tenta há mais de um ano conseguir obras de melhoria no asfalto da rodovia BR-153 entre Marília e Lins e sem respostas, nem de quem deveria fiscalizar, decidiu evitar riscos para a família, andar mais e fugir da rodovia federal.
Nascido e criado em Marília, formado em direito pelo UNivem, Ataliba é responsável por ações populares e medidas que já envolveram muitas situações polêmicas na cidade e vão de evitar mudança na cor da bandeira a punir uso de recursos públicos para propaganda pessoal de políticos. Tentou com representações à ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) e ao Ministério Público Federal conseguir medidas para obrigar a Triunfo Transbrasiliana a melhorar a condição do asfalto. Não conseguiu.
O motorista faz viagens quinzenais a Marília e Vera Cruz para encontrar familiares. ALém do risco com excesso de trânsito em pistas siomples, caminhões em alta velocidade e ultrapassagens irregulares, trechos com acostamento ruim, também convive com piso irregular que torna a viagem mais perigosa, tensa e desconfortável.
Após a última resposta sem providências, decidiu divulgar uma carta sobre o caso.
“Há mais de um ano, cumprindo meu papel como cidadão e meu dever legal como funcionário público, representei junto ao Ministério Público Federal e à Agência nacional de Transportes Terrestres – ANTT , solicitando providências urgentes sobre o estado precário do pavimento asfáltico da BR 153 entre Lins e Marília, rodovia que utilizada quinzenalmente aos finais de semana, uma vez que o mencionado trecho está sob a concessão da Triunfo Transbrasiliana estava colocando em risco a vida e a integridade física dos usuários.
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A própria ANTT por meio de sua Ouvidoria (protocolo nº. 5267708) me informou que “constatou-se que o trecho se encontra com irregularidade longitudinal causada pelo excesso de remendos, mas não havia buracos, apenas alguns escorregamentos de massa – levantamentos da superfície causados por aplicação de cargas superiores à capacidade de suporte do pavimento em algum ponto adjacente. De todo modo, têm sido aplicados diversos termos de registro de ocorrência quando detectado algum defeito ao longo de todo o trecho concedido – em 2019, foram 29 termos aplicados no elemento pavimento.”.
O Ministério Público Federal (representação 1.34.000064/2018-44) realizou uma vistoria técnica no local em 25 de maio de 2018, sendo certificado pelo servidor responsável que “no trecho percorrido (km 183 ao km 230 da BR 153) constatou-se que muitos reparos foram realizados na pista de rolamento e por conta disso o asfalto apresenta uma certa irregularidade com várias trincas, percebendo-se uma trepidação na condução do veículo em alguns trechos”.
Desisti de utilizar a mencionada rodovia. Infelizmente o usuário de serviço público no Brasil está entregue à própria sorte, pois paga-se caro e a qualidade do serviço prestado é deprimente.
Não vou arriscar a minha vida e da minha família. Agora utilizo a SP 333, também pedagiada, e com qualidade de asfalto infinitamente superior à da BR 153, mesmo sendo necessário percorrer 30km a mais. Sai governo e entra governo e só vivemos de promessas. Infelizmente, os órgãos ditos competentes estão deixando muito a desejar.”
