Um modelo de muito sucesso no atendimento a fumantes mantido em com junto com a Santa Casa de Marília pode levar a pelo menos mais dois polos de atendimento na cidade. A coordenação de Saúde do Adulto em Marília tenta instalar novos centros e tem pelo menos dois projetos de interesse.
Os centros oferecem acompanhamento médico, psicológico e prescrição de remédios para ajudar fumantes a deixar o vício. O polo de atendimento na Santa Casa aponta índices de sucesso acima de 64% e tem fila de espera.
A fonoaudióloga Ana Cristina de Almeida Sornas, que integra a equipe da Saúde do Adulto e coordena o programa, disse que há poucos mais de um ano, quando assumiu a função, passou a discutir a ampliação.
O suporte para a ideia mostrou força na semana passada quando ela ajudou a trazer para a cidade um programa de capacitação para agentes públicos de saúde.
O programa foi executado pelo Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas), do governo do Estado, e reuniu dezenas de profissionais de toda a região, 60 só de Marília.
“Os profissionais estão envolvidos no assunto e interessados em receber as informações necessárias para trabalhar com a população que necessita desta atenção, olhar e tratamento. Vamos, agora, dialogar com nosso gestor e construir novos grupos, reproduzindo nossos aprendizados desses dias em benefício dos usuários”, disse Ana Sornas.
As palestras foram feitas pela enfermeira do Cratod, Ellis Ferreira Camacho; a diretora técnica de saúde da sigla, Sandra Silva Marques e o médico geriatra Carlos Rodrigues.
Cláudio César Rossi, da DRS-IX, explica que o público-alvo da capacitação foram profissionais formados nas áreas de psicologia, farmácia, assistência social, enfermagem, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, odontologia, medicina, entre outras da saúde, que podem atuar tecnicamente nos grupos de tabagismo.
A própria regional estuda a instalação de novos centros e a Unimar, especialmente o Hospital Universitário, mostrou interesse no programa, que é todo mantido pelo SUS.
O serviço chegou a contar com seis polos de atendimento, que foram fechados aos poucos no passado, especialmente pela perda de profissionais com aposentadorias e transferências.
Para ter acesso ao serviço é necessário passar por consulta em uma unidade de saúde do município e obter encaminhamento médico.