O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que o Brasil é governado por ‘bando de maluco’, afirmou que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol não dormem com a consciência tranquila.
As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo que obteve a primeira entrevista com Lula na Polícia Federal em Curitiba, após uma longa disputa jurídica do jornal e do El País, que requisitaram autorização para falar com o ex-presidente.
Lula disse que se submeteu à ordem de prisão com ‘muita tranquilidade’ e ter “tanta obsessão em desmascarar o Moro, desmascarar o Dallagnol e sua turma”. Afirmou que admite a ideia de nunca sair da prisão. “Não trocarei minha liberdade pela minha dignidade”, afirmou.
A conversa durou pouco mais de duas horas. Lula ficou a uma distância de quatro metros dos jornalistas, seguindo o que a polícia apontou como protocolo de segurança adotado para entrevista com qualquer preso.
“Eu tenho certeza que durmo todo dia com minha consciência tranquila. E tenho certeza que o Dallagnol não dorme. Que o Moro não dorme”, afirmou o ex-presidente.
Lula chorou quando falou sobre a morte do neto, Artur, vítima de uma bactéria. “Seria tão mais fácil se eu tivesse morrido. Eu já vivi 73 anos, ele não.”
O ex-presidente evitou críticas pessoais ao presidente Jair Bolsonaro, mas disse que “não pode este país estar sendo governador por um bando de maluco”. Afirmou ainda que o país “tem o mais baixo nível de política externa que já vi na vida”.
Veja a íntegra da reportagem da Folha sobre a entrevista