Sustentável

Dois ciclistas morrem no fim de semana; ativistas cobram plano de mobilidade

Dois ciclistas morrem no fim de semana; ativistas cobram plano de mobilidade

Cicloativistas de Marília voltaram às redes sociais com críticas à administração municipal em Marilia pela falta de um plano de mobilidade, implantação de ciclofaixas e ações práticas de respeito a ciclistas.

A retomada das cobranças acompanha notícias tristes. Dois ciclistas morreram no final de semana em acidentes de trânsito na cidade. O primeiro caso, na sexta-feira, foi a morte de um ciclista de 51 anos que sofreu uma queda, não explicada.

O segundo caso, na noite de domingo, foi mais violento. Um ciclista de 41 anos foi atropelado quando transitava pela avenida República, próximo de Padre Nóbrega. O motorista fugiu.

“Dois ciclistas mortos neste final de semana em Marília. Cadê o Plano Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável, que contemple as bicicletas?”, divulgou uma mensagem da página Bicicletada Marília, criada para divulgar o cicloativismo e unir ciclistas.

Em outras redes sociais, grupos discutem homenagens e medidas a serem tomadas. A maior parte delas é cobrada há anos, mas sem solução, como as faixas exclusivas, fiscalização com orientação para respeito ao ciclista, plano de mobilidade que valorize a bicicleta como meio de transporte.

“Cadê o Plano Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável? Cadê políticas públicas para a inclusão das bicicletas? Cadê estrutura cicloviária, educação no trânsito para uma cidade mais humana, que priorize modais ativos, como manda a legislação federal?”, divulgou um dos ativistas.

A bicicleta ainda é um meio barato e acessível para transporte, especialmente na ligação com a periferia da cidade. Mas as bicicletas disputam (pouco) espaço com ônibus, carros, motos e pedestres, sem regulamentação e espaços adequados.

Além desse perfil econômico e de acesso, é um modelo sustentável de transporte e que não para de ganhar praticantes e grupos de pedaladas semanais.

O Plano de Mobilidade, assim como a revisão do Plano Diretor, política de habitação popular e a colcha de retalhos na lei de zoneamento, aguarda mudança nas políticas de planejamento urbano da cidade, um entrave histórico lembrado de tempos em tempos, pouco ou nada cobrado pela coletividade, e que aparece em momentos de crise, ou de mortes.