Marília

Operação da PF no escândalo dos tablets faz apreensões em Marília e Cotia

Operação da PF no escândalo dos tablets faz apreensões em Marília e Cotia

A Polícia Federal de Marília deflagrou nesta terça-feira a segunda fase da Operação Reboot, que investiga superfaturamento e direcionamento de uma licitação para compra de 450 tablets para a Secretaria Municipal de Saúde em 2016.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal de Marília e Cotia.

Os tablets, comprados com recursos federais, custaram mais de 100% acima do valor de mercado e quase quatro vezes o valor pago em compra semelhante feita pela Secretaria da Educação.

Foram R$ 2.350 por equipamento, que a empresa fornecedora comprou por pouco mais de R$ 900. A Educação pagou R$ 650 por cada equipamento com o mesmo padrão.

A PF investiga crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A Secretaria de Saúde divulgou nota em que aponta “todo interesse no esclarecimento dos fatos divulgados hoje (terça-feira) pela Polícia Federal na Operação Reboot II, ocorridos na gestão anterior do ex-prefeito Vinicius Camarinha.”

Ainda segundo a nota, além do inquérito na PF existe processo administrativo junto à Corregedoria Geral do Município.

A nova fase da investigação acompanha a transferência para a Justiça Federal de uma ação improbidade que já tramitava na Justiça Estadual e reformou as informações sobre o escândalo que envolve três ex-secretários da pasta e empresas.

A investigação estadual sobre a compra dos tablets envolveu o ex-prefeito Vinícius Camarinha, os ex-secretários Hélio Benetti, Danilo Bigeschi (atualmente vereador na cidade) e Fernando Roberto Pastorelli, servidor de carreira que foi secretário interino.